Na manhã deste sábado, 25, o Ministério Público, por intermédio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), junto com a Polícia Civil - agentes da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Bagé - transferiram para uma prisão de segurança máxima o assaltante Tiago Rafael Legis Ferreira, líder de facção que estava preso em Bagé, na fronteira.
Ferreira, cujo apelido é Mochilão, foi removido para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). A ação, que contou com o apoio da BM e Susepe, foi chamada de Operação Pulso Forte. O nome é alusivo à operação Pulso Firme, que há cerca de um ano realizou a transferência de 27 líderes de facções para presídios federais.
Mochilão é considerado líder de uma facção criminosa atuante em Bagé, responsável pela prática de inúmeros crimes na região da campanha, especialmente roubos a óticas, joalherias, tráfico de drogas, latrocínio. Esse grupo estaria envolvido no planejamento do sequestro de um empresário em Bagé, ocorrido esta semana. O refém foi libertado em ação da Polícia Civil. O planejamento seria de Mochilão.
Com a quadrilha já foram apreendidos quatro carros clonados, joias roubadas, armas e drogas avaliadas em mais de R$ 400 mil. A facção de Mochilão é aliada da maior facção da Metade Sul do Estado, originária de Pelotas, e também da maior facção existente no RS, oriunda do Vale do Sinos.
A operação foi coordenada pelo promotor de Justiça do Gaeco Fronteira Oeste, Cláudio Rafael Morosin Rodrigues, e pelo delegado de Polícia Cristiano Ritta. Participaram ainda da ação policiais civis, PMs e agentes da Susepe. A transferência foi autorizada pelo Poder Judiciário.