Pelo menos sete pessoas morreram depois de um ataque a tiros a uma residência na Rua Gregório Beheregaray Filho, no bairro Passo das Pedras, na zona norte de Porto Alegre, por volta das 20h desta quinta-feira (19). As vítimas seriam cinco homens e duas mulheres — uma delas grávida de oito meses.
Uma das vítimas chegou a ser encaminhada para atendimento hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Uma oitava pessoa ficou ferida e foi encaminhada a um hospital. Ela teria passado por cirurgia e, nesta manhã de sexta, ainda estaria no bloco cirúrgico.
As vítimas foram identificadas como: Adriano Muller Guimarães, 35 anos, Breno Eli Silva de Freitas, 71 anos, Najara Katiane Schumacher Pereira, 30 anos, Douglas Seelig de Fraga, 38 anos, Jair da Luz de Souza, 49 anos, e Vantuir Francisco Zanella Vieira, 39 anos. A mulher grávida de oito meses foi identificada como Rita Borba de Aguiar, 33 anos.
Inicialmente, familiares relataram à Brigada Militar que Najara também estaria grávida, mas médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizaram exames e descartaram a gravidez.
Por volta das 22h desta quinta, familiares de vítimas e curiosos se aglomeravam no local da chacina. A casa fica a menos de um quilômetro da sede do 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
De acordo com o diretor de Departamento de Homicídios, delegado Paulo Grillo, uma grávida está entre as vítima, e o filho dela não sobreviveu ao ataque.
— O episódio é lamentável. Estamos acompanhando os trabalhos da perícia e realizando a apuração. Todo o Departamento de Homicídios está mobilizado. As primeiras informações da vizinhança são de que o imóvel era usado por consumidores de drogas com rotatividade intensa. Vi na casa um indivíduo morto com um cigarro (de droga) na mão — afirmou Grillo, ressaltando que o local era utilizado para consumo de entorpecentes.
Conforme informações da polícia, os suspeitos teriam chegado ao local em um táxi e efetuado disparos de pistola 9 milímetros — que é uma arma de uso restrito. Segundo a Brigada Militar, havia cerca de 20 pessoas consumindo droga no local. Os que não foram feridos teriam saído correndo dos atiradores.
De acordo com o subcomandante do 20º Batalhão de Polícia Militar, Kefren Castro de Souza, os policiais reforçaram o patrulhamento nas horas seguintes ao crime, mas ninguém foi preso. Não foram registrados novos tiroteios durante a madrugada.
— Após o conflito, reforçamos o policiamento para restabelecer a sensação de segurança da comunidade do local — afirma o oficial.
Informações do Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Brigada Militar dão conta de que duas facções rivais disputariam território nas proximidades. Uma outra troca de tiros ocorreu a cinco quilômetros do local da chacina.