A Polícia Civil acredita que o assassinato da motorista de aplicativo Isabel Lazzarin Gonsalves, 29 anos, encontrada morta em Mostardas, no Sul do Estado, há uma semana, tenha ligação com o tráfico de drogas. O corpo da jovem foi encontrado na última segunda-feira (2) dentro do carro que ela usava para trabalhar, um Gol, na entrada de uma fazenda.
Conforme o delegado André Roese, a investigação feita até agora aponta que a motorista teria relação com uma facção ligada ao tráfico de drogas na região de Mostardas. A hipótese de latrocínio (roubo com morte), portanto, está praticamente descartada, até porque somente o celular da jovem foi levado. O delegado já tem suspeitas da motivação, mas ainda não divulga detalhes para não atrapalhar as investigações.
Conhecida como Bel pelos amigos, a motorista morava em Gravataí e tinha dois filhos pequenos, de cinco e oito anos. Segundo depoimento da família, a jovem havia saído na noite de domingo (1º) para levar passageiros até Montenegro. A família relatou ainda que tentou contato por meio do celular da motorista no dia seguinte, mas a ligação foi atendida por um homem que informou que o número não pertencia mais a Isabel — logo após, o telefone foi desligado.
Ainda são aguardados laudos, mas a polícia acredita que Isabel tenha sido morta por enforcamento, já que foi encontrado um fio amarrado ao seu pescoço. O banco dianteiro do passageiro estava parcialmente queimado.
A família informou que Isabel era cadastrada apenas no aplicativo Uber e que teria saído na noite de domingo (1º) para realizar uma viagem solicitada. A empresa Uber disse em nota que a motorista não realizou nenhuma viagem pelo aplicativo no dia informado.