O motorista assassinado na noite de quarta-feira (11) em Alvorada, na Região Metropolitana, não estava em corrida por aplicativo, como havia sido divulgado inicialmente. A suspeita da polícia é que ele estivesse trabalhando por conta, quando foi executado. Tiago Farias Lima, 33 anos, foi chamado até o bairro Maria Regina, por volta das 19h30min, e morto a tiros dentro do carro.
— A família informou que ele estaria atuando como motorista de aplicativo. Segundo informações que recebemos, era cadastrado, mas atualmente estava fazendo corridas por fora. Deve ter sido um chamado direto para ele — explicou o delegado Edimar Machado de Souza, titular da Delegacia de Homicídios de Alvorada.
A assessoria da Uber — citada pela família de Lima como a plataforma que era usada pelo condutor — informou que o motorista chegou a ser cadastrado, mas não trabalhava mais para o aplicativo e estava bloqueado. A empresa não informou quando ocorreu e o motivo deste impedimento.
O crime ocorreu na Rua Ana Axelrud, quando o motorista procurava pela numeração da residência onde atenderia uma corrida. Uma dupla de motocicleta teria se aproximado do Celta vermelho e atirado através do vidro lateral. Quatro a cinco tiros de revólver foram disparados. Lima foi atingido no rosto e morreu no local.
Segundo o delegado, a polícia vem tentando localizar testemunhas ou gravações de câmeras de segurança das proximidades, mas ainda não obteve resultados. A principal suspeita é que tenha ocorrido uma execução, pelo número de disparos e por nada ter sido levado da vítima.
— O celular estava com ele e o carro não foi levado. Havia dinheiro com ele também. Tudo leva a crer que foi execução mesmo — afirmou o delegado.
Ainda conforme o policial, o motorista tinha antecedentes por porte ilegal de arma de fogo, ameaça e desobediência. O celular do condutor foi apreendido, já que pode conter pistas sobre o crime. Ninguém foi preso até o momento.