- Atualização: o corpo da jovem foi encontrado na Vila Tamanca, em Porto Alegre, em 17 de maio. Leia mais
A família de uma jovem de Porto Alegre a reconheceu como vítima de execução registrada em vídeo pelo seus algozes. As imagens, que repercutem em redes sociais, foram mostradas aos parentes de Paola Avaly Corrêa, 18 anos, na manhã desta quarta-feira (16), no Departamento de Homicídios da Polícia Civil.
A 2ª Delegacia de Homicídios já investigava o desaparecimento da mulher desde o domingo (13). A família a viu pela última vez quando ela informou que sairia de casa, no bairro Bom Jesus, na Zona Leste, para buscar roupas. Naquele mesmo dia, familiares registraram o desaparecimento. Na terça-feira (15), o vídeo começou a circular em redes sociais e chegou até os investigadores, que mostraram para a família e confirmaram que ela foi vítima do crime.
O vídeo é gravado em um matagal e mostra uma pessoa com uma arma atirando duas vezes contra Paola. Outra pessoa filma. Antes de ser baleada, a vítima se deita em uma cova, que parece ter sido recentemente aberta pelos criminosos. Ela não reage à ação.
A polícia tenta descobrir, agora, onde ocorreu o crime. O delegado Gabriel Bicca, diretor de investigações do Departamento de Homicídios, diz ainda não ter pistas sobre a cova e que a localização é considerada fundamental para o inquérito.
Também no domingo, mas na madrugada, por volta de 4h45min, Paola fez postagem em seu Facebook afirmando que seu ex-marido teria colocado uma foto sua em um grupo de troca de mensagens atribuído a traficantes de uma das maiores facções do Rio Grande do Sul. Na mensagem, ela diz que "apanhava horrores" dele.
Bicca garante que a polícia está tratando de delimitar com quem Paola se relacionava. O objetivo é tentar descobrir o motivo do crime. Para ele, o crime ocorreu "no contexto dos grupos criminosos" de Porto Alegre e, com a divulgação do vídeo, o caso deixou de ser um "simples desaparecimento". A polícia não descarta a possibilidade de as postagens que ela fez terem motivado o crime.
GaúchaZH teve acesso ao vídeo, mas em respeito à família e aos leitores não publica o material.