O jovem Douglas Pauli, 24 anos, assassinado a tiros na tarde de segunda-feira (30) em Gravataí, na Região Metropolitana, havia sido ouvido há cerca de um mês na investigação sobre o desaparecimento da modelo Nicolle Brito Castilho da Silva.
A jovem de 20 anos sumiu em 2 de junho de 2017 em Cachoeirinha, também na Região Metropolitana. Mesmo sem ter encontrado um corpo, o delegado Leonel Baldasso suspeita que ela tenha sido morta por membros de uma facção do tráfico de drogas.
A 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dele, entre o final de março e o início de abril. O jovem negou participação no caso. Um computador e dois chips telefônicos de Pauli foram apreendidos pelos policiais. A investigação contra o jovem resultou em outras informações sobre o caso Nicolle, que ainda são mantidas sob sigilo.
Jovem foi executado
Um Uno Sport incendiado, encontrado em Cachoeirinha na noite de segunda, pode ter sido o carro utilizado pelos criminosos na execução de Pauli, na última tarde, em Gravataí. O veículo foi encontrado por agentes da Guarda Municipal na Rua Carobinha, no bairro Jardim do Bosque. A Delegacia de Homicídios de Gravataí, que investiga o caso, verifica se foi o mesmo veículo usado pela quadrilha.
O rapaz foi morto após ter levado uma motocicleta para conserto na oficina, que fica na Avenida Senador Nei Brito, quando dois homens chegaram em um Uno e o executaram a tiros. Um deles, com uma pistola, atira várias vezes, mesmo com o jovem já caído. O delegado Felipe Borba diz que Pauli tinha envolvimento com uma facção do tráfico de drogas.
A polícia também não descarta que o assassinato seja um desdobramento do atentado a tiros em uma festa no bairro Morada do Vale II, também em Gravataí, e que deixou dois mortos e 33 feridos em outubro. Na ocasião, o jovem postou em seu Facebook que não tinha envolvimento com o crime, como desafetos estariam afirmando.