A Polícia Civil de Cachoeirinha solicita nesta quinta-feira (28) à Justiça pelo menos mais três meses de prazo para concluir inquérito sobre o caso da modelo Nicolle Brito Castillhos da Silva, 20 anos. A jovem está desaparecida desde junho deste ano.Conforme a investigação, ela estaria envolvida em um conflito entre duas facções criminosas.
O delegado Leonel Baldasso deve solicitar ainda nesta semana a prisão preventiva de dois suspeitos do desaparecimento que não tiveram os nomes divulgados pela polícia. Em áudios divulgados na quarta-feira (27), a investigação comprovou que Nicolle temia pela própria segurança e que pretendia fazer curso de tiro. A gravação, após autorização judicial, é de uma ligação telefônica feita um dia depois da execução de um casal conhecido da jovem em Gravataí. Após os homicídios de Ricardo Sobrinho e de Paola dos Santos, um após o outro em dois dias diferentes, a modelo nunca mais foi localizada. A motivação dos dois casos seria uma desavença entre Nicolle e Ricardo, que acabou envolvendo integrantes de facções que estão no sistema prisional. Ele teria assediado a jovem e ela denunciou o caso ao grupo rival de Ricardo.
Em outros áudios divulgados pela polícia, uma ex-estagiária da Justiça conversa com uma amiga dias antes da morte do casal e destaca que teria ocorrido um problema entre Nicolle e as vítimas. Além disso, esta mesma mulher diz temer que a modelo pudesse fazer algo contra ela e que detentos estariam dispostos a realizar execuções. Esta ex-estagiária da Justiça e o namorado dela, um apenado do Presídio Central, são suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Nicolle. Eles estão envolvidos com o tráfico de drogas e com uma facção. Além disso, a polícia localizou um vídeo da execução do casal em Gravataí no celular de um dos investigados. A polícia deve concluir o caso do homicídio do casal nas próximas semanas.