Correção: o policial Leandro de Oliveira Lopes foi morto em Pareci Novo, e não em São Sebastião do Caí, como divulgado entre 7h58min e 10h55min. O texto já foi corrigido.
Duas pessoas teriam recepcionado a tiros de fuzil, na manhã desta quarta-feira (2), os policiais civis que foram até um sítio em Pareci Novo, no limite com São Sebastião do Caí, para o cumprimento de um mandado de prisão — um dos disparos atingiu o inspetor de polícia Leandro de Oliveira Lopes, 30 anos, que acabou morrendo no hospital.
Como a dupla fugiu para um mato, enquanto parte da equipe socorria o colega, outros agentes seguiram no local e iniciaram as buscas. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o subchefe de polícia do Rio Grande do Sul, Leonel Carivali, informou que foi enviado um helicóptero, juntamente com outras equipes para auxiliar no trabalho.
— Nossa preocupação principal, além das buscas, é dar toda assistência necessária aos familiares — afirmou Carivali.
Ainda segundo o subchefe de polícia, Lopes estava usando colete balístico — que provavelmente não seria capaz de proteger contra um tiro de fuzil —, mas o tiro o atingiu no ombro. Ainda não está confirmado se o ferimento que vitimou o inspetor Lopes foi causado ou não por uma arma de grosso calibre.
— Tiro de fuzil é muito, muito potente e precisa de colete de nível extremamente poderoso. Não sei se é o caso dele, acredito que estava usando um tipo padrão — afirmou.
Ouça a entrevista completa:
Carivali garantiu que os policiais são preparados para "qualquer tipo de forma de como serão recebidos" ao cumprirem mandados judiciais. Sem saber precisar quantos agentes estavam envolvidos na operação desta manhã, ele apenas disse que era "um número suficiente para realizar a abordagem" — segundo o delegado regional metropolitano, Fábio Motta Lopes, mais de 20 policiais participavam da ação, que tinha como alvo Valmir Ramos, o "Bilinha".
A vítima ingressou na Polícia Civil no ano passado, na última turma de aprovados para o concurso público para a corporação, e havia concluído em dezembro o curso de formação.
Lopes era casado e deixa uma filha de sete meses. Carivali informou que a polícia já está providenciando atendimento psicológico aos familiares dele.
Em nota assinada pelo chefe da Polícia Civil, Emerson Wendt, a corporação "manifesta seu mais profundo pesar" pelo falecimento .
"A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul manifesta seu mais profundo pesar pelo falecimento do inspetor de polícia Leandro de Oliveira Lopes.
Leandro faleceu nesta manhã, 02 de maio de 2018, no cumprimento do seu dever como policial e defensor da sociedade, enquanto cumpria mandado de prisão durante operação policial em São Sebastião do Caí. A ordem judicial visava a cumprir a prisão de um integrante de facção criminosa, com origem em Porto Alegre que atua no tráfico de drogas e com histórico de inúmeros homicídios. O policial civil foi alvejado com disparo de arma de fogo durante a ação.
Leandro, 30 anos, é ex-policial militar e se formou em novembro de 2017, na 51ª turma de inspetores de polícia. Ele estava lotado na Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Canoas.
A Polícia Civil se solidariza com a dor dos familiares, policiais e amigos, diante desta perda irreparável.
FamiliaPCemLuto
SomostodosLeandro
Porto Alegre, 02 de maio de 2018.
Emerson Wendt
Delegado de Polícia
Chefe de Polícia - RS"