O delegado regional de Montenegro, Marcelo Farias, informou que está encaminhando a partir desta terça-feira (8) para a perícia nove fuzis utilizados por policiais que participaram da operação no Vale do Caí, na semana passada. A ação terminou com a morte do inspetor Leandro de Oliveira Lopes, 30 anos, atingido por disparo de arma de fogo. Munição de fuzil 556 encontrada no local do crime, em um sítio de Pareci Novo, também está sendo encaminhada com o objetivo de que todas as hipóteses sejam apuradas. A investigação sobre o paradeiro dos dois suspeitos, um deles alvo da operação, prossegue.
A decisão sobre encaminhar o armamento ao Instituto Geral de Perícias (IGP) se deve ao fato de que Farias também estuda a possibilidade de repassar o caso para a Corregedoria da Polícia Civil (Cogepol). Além disso, na semana passada, a Chefia de Polícia determinou investigação rigorosa sobre o caso após rumores de que o agente poderia ter sido atingido por "fogo amigo".
Farias destaca que a investigação pela Cogepol ainda é uma ideia, mas que a medida foi cogitada em razão da complexidade do caso e não significa necessariamente que outro policial tenha atirado sem querer em Leandro Lopes. O delegado, no entanto, ressaltou que ainda é precipitado tomar qualquer decisão sobre o tema, e afirmou que apenas a balística pode apontar quem foi o autor do disparo. Participaram da ação em Pareci Novo cerca de 20 policiais.
As informações preliminares indicam que a vítima levou um tiro de fuzil pelas costas, que atravessou o colete à prova de balas. Não há data para conclusão desta perícia balística. Já o laudo da necropsia, que vai determinar a causa da morte, deve ficar pronto nesta quarta-feira (9).
A polícia segue mobilizada na tentativa de encontrar Valmir Ramos e Paulo Ademir de Moura. Os dois são investigados por atirarem nos policiais durante a operação realizada na semana passada. A principal linha de investigação até agora é de que um deles teria atingido o inspetor Lopes. Ramos, inclusive, era o alvo da ação que envolveu pouco mais de 20 agentes. Na última sexta-feira (4) houve nova operação policial para procurar os suspeitos, em Sapiranga, no Vale do Sinos, mas eles não foram localizados.