O prédio do semiaberto do Presídio Estadual de Carazinho, no Norte gaúcho, terá de ser demolido após o incêndio provocado por detentos no dia 25 de março deste ano. De acordo com o diretor do presídio, Éberson Tápia de Oliveira, engenheiros da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) estiveram na cadeia e confirmaram que será necessária a demolição por causa dos graves danos à estrutura.
As paredes acabaram rachando e o telhado foi totalmente destruído. O diretor afirma que ainda não há prazo para a construção de um novo prédio.
Por causa do incêndio, 55 presos foram transferidos para outras unidades, cerca de 20 estão agora em uma sala de aula, que era usada por presos do regime fechado, e, para uma pequena parcela, foi concedido o direito de regime domiciliar.
À época do fato, o juiz da Vara de Execuções Criminais Guilherme Freitas Amorim, concedeu saída extraordinária de uma noite aos detentos para que eles dormissem em casa e se reapresentassem no dia seguinte. Três deles não voltaram. Além disso, outros três, que seriam os autores do crime, foram colocados no regime fechado.
Incêndios em cadeias no RS
Esse foi um dos quatro casos recentes em que presos receberam o direito de ir para casa. Em Carazinho, Rio Grande e Dom Pedrito há confirmação de que presos provocaram as chamas. Em Osório, o presídio aguarda o laudo do Instituto-Geral de Perícias para confirmar incêndio criminoso.
Somente nessa quinta-feira (5), a Secretaria de Segurança Pública e a Susepe se pronunciaram oficialmente sobre os incêndios. O secretário, Cezar Schirmer, e o diretor-geral da Susepe, Ângelo Carneiro, querem a regressão de regime para os responsáveis pelos incêndios.