A Anistia Internacional, organização não governamental, pediu nesta quinta-feira (15) uma investigação imediata e rigorosa do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro e defensora dos direitos humanos Marielle Franco, do PSOL.
A vereadora foi assassinada a tiros na noite de quarta-feira (14), no centro do Rio de Janeiro. O motorista que conduzia o carro em que ela estava também foi morto pelos disparos.
"Marielle Franco é reconhecida por sua histórica luta por direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e moradores de favelas e periferias e na denúncia da violência policial", afirma a nota da Anistia Internacional. "Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco", continua o comunicado.
A organização feminista Articulação de Mulheres Brasileiras também se manifestou pedindo "imediata apuração dos fatos, verdade e justiça"."Este crime brutal não calará a causa e o legado de Marielle. Transformaremos dor em luta, e seguiremos ecoando a denúncia da violência contra a população negra e pobre do país".
O assassinato também causou indignação entre intelectuais e artistas. A cantora Elza Soares usou o Twitter para lamentar a morte de Marielle e se disse chocada e horrorizada: "Das poucas vezes que me falta a voz. Chocada. Horrorizada. Toda morte me mata um pouco. Dessa forma me mata mais. Mulher, negra, lésbica, ativista, defensora dos direitos humanos. Marielle Franco, sua voz ecoará em nós. Gritemos".
A sambista Teresa Critina desejou conforto aos familiares da vereadora. "Que os familiares de Marielle Franco encontrem algum conforto diante de tamanha brutalidade".