A polícia acredita que dois a três homens ainda estejam soltos na região da Serra, uma semana após um ataque a carro-forte entre Bento Gonçalves e Veranópolis na terça-feira (6). Conforme o capitão Diego Caetano de Souza, comandante da 1ª Companhia do 3º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (3º BPAT), a polícia recebeu ainda no domingo (11) relatos de moradores que avistaram suspeitos na região.
Equipes de Porto Alegre do 1º Batalhão de Operações Especiais reforçam o efetivo da Brigada Militar (BM) nas buscas, que são feitas também com auxílio de cães do 12º Batalhão de Polícia Militar de Caxias do Sul. O cerco está montado em um raio de 20 quilômetros entre as cidades de Monte Belo do Sul e Santa Tereza.
Conforme o capitão, o homem de 45 anos que foi preso na madrugada de domingo (11) estava se alimentando de uvas e também pedindo comida a moradores. Ele recebeu pão e queijo em uma casa. O homem foi encontrado em uma residência a 10 quilômetros do local onde os três primeiros suspeitos foram detidos.
O homem detido no fim de semana cumpria pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) e não havia retornado de uma saída temporária, o que deveria ter ocorrido em 9 de janeiro. Ele possuía um histórico de crimes que envolviam um homicídio em Charqueadas, pelo qual havia sido preso ainda em 2006, além de tráfico de drogas, roubo de veículo e roubo a banco. Em 2007, foi autuado em flagrante por participar de roubo a uma agência do Sicredi em Marques de Souza, no Vale do Taquari, ocasião em que um policial militar foi baleado no braço e feito refém.
No sábado (10), a BM encontrou mais uma arma de uso restrito, um fuzil calibre 7.62 de fabricação argentina, com carregador e munição próximo ao local do ataque, em meio à vegetação. Outras armas utilizadas pelo bando já haviam sido apreendidas pela Polícia Civil após o assalto - uma metralhadora calibre .50, um fuzil 5,56 e um fuzil 7.62.