O dono de um bar e o filho dele foram presos na investigação sobre a morte de Moacir da Silva Carvalho, 37 anos, ocorrida em uma casa do bairro Mathias Velho, em Canoas, no último dia 2 de janeiro. Para a Polícia Civil, o autor do crime agiu após ser ameaçado pela vítima, que seria usuária de drogas.
O delegado Luís Antônio Firmino revelou que a vítima e o dono de bar já possuíam uma antiga desavença. O autor do crime estaria irritado com a forma com a qual o homem tratava a família. Entre outros motivos, o fato de o usuário de drogas supostamente pedir para o filho, menor de idade, comprar bebidas no bar.
No dia do fato, a vítima teria entrado no estabelecimento do autor afirmando que o "pegaria". No entanto, o proprietário do bar sacou uma arma de calibre 38 e revidou, perseguindo a vítima até a casa dela. O atirador ainda teria arrombado a porta do banheiro antes de disparar o tiro fatal que matou Carvalho na frente da sua esposa e do filho adolescente.
Ouvido em depoimento, o atirador admite o crime. Ele alega, no entanto, que a vítima o ameaçou com uma faca — circunstância que a investigação não conseguiu comprovar. Por isso, a Polícia Civil não trata o caso como legítima defesa.
— O acusado não se trata de um marginal, contumaz. É um pouco diferente do que estamos acostumados a lidar. Ele é um dono de bar que se irritava com a conduta da vítima, desregrada, incomodando a família, e perturbado com as ameaças — relata Firmino.
O delegado ainda diz que o dono do bar perdeu a razão por perseguir a vítima. O filho dele não teria disparado, mas acabou preso por estar no local do crime com uma faca e ter "dado suporte" à ação do pai, segundo o delegado. Os dois presos, o pai de 49 anos e o filho de 22, não possuem antecedentes criminais. A prisão é temporária e tem prazo de 30 dias.