Suspeitos de envolvimento na última onda de atentados a forças de segurança pública em diversas cidades de Santa Catarina no início de setembro foram indiciados, nesta quarta-feira (1º), pelos crimes de participação em organização criminosa agravada, tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção de menores.
Os crimes foram atribuídos a 57 pessoas identificadas na Operação Independência da Polícia Civil, que contou com a mobilização de agentes da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) em setembro.
Os envolvidos foram presos temporariamente e, agora, a Polícia Civil solicitou a conversão das prisões em preventivas. Conforme a investigação, o grupo disseminava ordens para prática de crimes graves, entre eles um homicídio praticado na comunidade Chico Mendes, em Florianópolis. Informações foram compartilhadas com as delegacias de Polícia Civil para apurações paralelas.
O processo é acompanhado pela juíza da 1ª Vara Criminal de Blumenau, Jussara Schittler dos Santos Wandscheer. No dia da operação, cinco pessoas foram presas em flagrante em razão de apreensões de drogas, munições, balanças de precisão, depósitos bancários, rádio comunicadores, dinheiro, anotações, celulares, cartas e bilhetes contendo material que faz alusão à organização criminosa.
As prisões e o cumprimento dos mandados de busca e apreensão ocorreram em Florianópolis, São José, Navegantes, Joinville, Blumenau, Ilhota e Criciúma.
Dentre os detidos, afirma a Polícia Civil, estão líderes da organização criminosa, apontados como responsáveis por ordenar os atentados. Parte deles estava dentro de cadeias de Santa Catarina e de fora do Estado.