Morre bebê incendiada
O hábito de homens agredirem mulheres e crianças continua fazendo vítimas no Estado. Uma bebê de oito meses, que teve o corpo incendiado por um homem no último sábado, em Caxias do Sul, na Serra, junto com a madrinha dela, morreu na tarde desta segunda-feira (6). A mulher, que era o alvo do agressor, segue internada em estado gravíssimo, com 70% do corpo queimado. O crime bárbaro foi um dos temas mais lidos na área da segurança de GaúchaZH nesta segunda-feira.
Com a quinta maior taxa de feminicídio do mundo, o Brasil é um dos países mais violentos para mulheres. Os dados integram o Mapa da Violência 2015. Só El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia são mais perigosos para mulheres do que o Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de assassinatos chega a 4,8 para cada 100 mil mulheres. Outro dado assustador referente às mulheres consta no 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado no final de outubro pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). De acordo com o estudo, 4.657 mulheres foram mortas no ano passado no país – uma mulher morta a cada duas horas. Das vítimas, porém, apenas 533 (11%) foram classificados como feminicídios, termo que designa o extermínio de vidas femininas em contextos de violência de gênero.
Punição dura, com ajustes na legislação, podem ser eficientes na redução dos assassinatos de mulheres. Mas é a educação dos nossos filhos que fará toda diferença no futuro. Ambientes tolerantes, livres da cultura machista, que respeitem a diversidade e tratem a mulher com respeito, são as ferramentas mais fortes para combater a cultura da violência de gênero.
Violência na UFRGS
Outro assunto que chamou a atenção dos leitores nesta segunda-feira (6) foi o ataque a um universitário, no Centro Histórico de Porto Alegre, por volta das 12h40min. Segundo a Brigada Militar, um estudante de Design de Produto da UFRGS foi esfaqueado, na altura do peito, em uma tentativa de assalto.
Ainda conforme a corporação, dois assaltantes se aproximaram da vítima e de um colega que estavam na Rua Avaí, na altura de uma parada de ônibus que fica próxima ao restaurante universitário. Os ladrões tentaram levar o celular do amigo da vítima e não conseguiram.
O rapaz foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao HPS, onde passou por cirurgia. Segundo o pai do rapaz, o filho se encontra em situação estável. A assessoria de imprensa da universidade informou que recebeu a informação de um assalto na Rua Avaí e não tinha mais detalhes do caso.
Cerca de duas horas mais tarde, também no Centro, um homem foi agredido por quatro criminosos durante um assalto na esquina na Rua Dr. Flores. Os ladrões, porém, foram presos em flagrante pela Brigada Militar.
Estupro na Redenção
Um crime brutal, ocorrido no final da noite de domingo (5), também esteve entre as notícias mais lidas do dia. Uma adolescente de 15 anos foi estuprada por um criminoso no Parque da Redenção, em Porto Alegre, pouco antes das 22h. De acordo com o relato da vítima à Polícia Civil, ela estava acompanhada de uma amiga de 13 anos, caminhando na Rua José Bonifácio, onde pegariam um ônibus para ir para casa, quando foram abordadas por um homem. Ele disse estar armado e levou as duas meninas para dentro do parque, em uma área escura e sem movimentação de pessoas.
O criminoso teria estuprado a menina mais velha enquanto apontava a arma para a outra garota. Após o crime, ele ainda roubou um iPhone 5s da vítima e fugiu. A Brigada Militar foi chamada, mas não localizou o bandido. As duas adolescentes foram levadas até o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, na Avenida Independência, onde realizaram exames. De acordo com a delegada Andrea Magno, elas não correm risco de vida.
iCrimes dentro da Redenção são relativamente frequentes. Duas medidas simples teriam efeito imediato: mas policiamento e reforço na iluminação pública. Ambas as ações, que estimulariam a ocupação noturna do parque, seriam ferramentas importantes para reduzir a criminalidade na região.