O esquartejamento de um homem ainda não identificado traz à tona lembranças de outros crimes semelhantes em Caxias do Sul. Relembre três casos marcantes dos últimos 15 anos na cidade.
Junho de 2004
Até hoje, a polícia não esclareceu completamente a motivação do assassinato do metalúrgico Joacir Toledo da Silva, 28 anos. O trabalhador foi morto a marteladas e depois teve o corpo esquartejado pelo homem com quem dividia uma casa do bairro Universitário. O autor do crime, José Carlos da Silva, o Baiano, fugiu para Feira de Santana (BA). Dias depois, ele foi localizado pelo Pioneiro e, por telefone, confessou o crime. O autor deu detalhes do assassinato, que ocorreu no dia 5 de junho, e indicou onde havia deixado a cabeça e o tronco do metalúrgico.
Os membros foram colocados em uma sacola, que foi escondida sob um sofá. Baiano enrolou o tronco e a cabeça da vítima em um edredom, abandonado posteriormente em um matagal a cerca de 400 metros da casa onde aconteceu o assassinato.Preso pela polícia, Baiano retornou a Caxias, onde respondeu o processo em liberdade. Em 2012, ele não compareceu ao próprio julgamento e foi condenado à revelia. Como o caso já transitou em julgado (sem possibilidade de recursos), a Justiça expediu um mandado de prisão em novembro de 2016. A última informação é de que ele teria sido preso em janeiro deste ano no Distrito Federal, mas a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) não conseguiu localizá-lo.
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Setembro de 2003
O pai de santo Carlos Alberto da Silva, o Betinho, deixou de manter contato com a família no dia 2 de setembro. No dia 5 de setembro, o corpo esquartejado do umbandista foi encontrado no apartamento onde residia, no bairro São Pelegrino. Dois homens que se relacionavam com o pai de santo foram acusados pelo crime. No primeiro julgamento, porém, foram absolvidos.
Setembro de 2002
Com medo de perder a esposa para um suposto amante, o mecânico André Ricardo Sartor, o Xuxa, 36, matou Marizete Priori, 33, e serrou o corpo dela. Após, enterrou os membros da mulher ao lado da piscina da casa da família, num bairro de Caxias. Para justificar o sumiço de Marizete, o mecânico dizia que ela havia desaparecido na noite de 19 de setembro, quando teria saído de casa para morar com um homem com quem mantinha relacionamento. A farsa durou dois meses. A polícia desvendou o crime e Sartor se matou.