Uma investigação de estupro levou a Polícia Civil a prender neste sábado (29) o vendedor de cachorro-quente Nilton Cesar Souza Júnior, 36 anos, que já havia sido preso pela morte de dois delegados federais no final de maio, em Florianópolis. Ele respondia em liberdade pelo crime envolvendo os delegados desde o final de junho, mas foi preso temporariamente pela equipe da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Florianópolis.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Caixeta Braga Junior, prefere ainda não comentar detalhes do caso porque a investigação está em fase inicial e há risco de expor a vítima. A prisão temporária, conforme o delegado, tem prazo de 30 dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, dependendo do andamento do inquérito. Conforme Caixeta, o pedido de prisão foi levado à Justiça para permitir que a polícia avance na apuração do caso.
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Em nota, a Polícia Federal disse nesta segunda-feira que, diante do desaparecimento de uma arma de fogo da corporação (pertencente a um dos delegados) no dia das mortes, foi instaurado um inquérito policial. Nessa apuração, afirma a corporação, "surgiram fortes indícios da prática de grave crime de competência estadual, razão pela qual houve o compartilhamento de tais elementos com autoridades estaduais".
Advogado contesta necessidade da prisão
Procurado pela reportagem neste domingo (30), o advogado Marcos Paulo Silva Santos contestou a necessidade da prisão. O advogado considera a ação da polícia desproporcional porque a autoridade policial sabe onde Nilton mora, trabalha e não houve flagrante no crime investigado.
– Não ouviram ele, não ouviram a esposa, não apreenderam celular, nada. Para auxiliar a Justiça, vamos apresentar elementos e provas que ajudam a entender o que motivou esse boletim de ocorrência – reforça.