Em meio ao caos do sistema carcerário na Região Metropolitana, com Presídio Central, ônibus da Susepe, centro de triagem e celas de delegacias com lotação crônica, o início da instalação de redes de coleta de esgoto e de abastecimento de água na Penitenciária de Canoas (Pecan) surgiu como um alento, ontem.
Se as previsões forem confirmadas, em 45 dias, ou seja, no final da primeira quinzena de abril, mais 200 vagas serão disponibilizadas na prisão.
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As obras, sob responsabilidade da Corsan, serão realizadas em duas etapas. A segunda fase, de acordo com o diretor de expansão da Companhia, Marcus Vinicius Caberlon, será iniciada imediatamente ao término da primeira e também deverá durar 45 dias.
Desta forma, no início de junho, o trabalho deverá estar concluído, levando água e esgoto a todos os pavilhões.
Porém, ainda restarão outras pendências para a liberação total do complexo. Uma delas o asfaltamento de acessos internos à penitenciária. Foram orçados R$ R$ 1,89 milhão para a obra.
Em duas tentativas de contratação de empreiteira não houve interessados. A prefeitura de Canoas, então, solicitou ao Estado o aumento de 25% no valor para lançar um novo edital. A resposta será dada nos próximos dias. A expectativa para a execução do serviço é de 90 dias.
A outra pendência é a nomeação de agentes penitenciários. A Susepe lançou um concurso no começo deste ano para a contratação de 720 servidores para Canoas e Guaíba.