Um médico da rede pública de saúde de Ivoti, no Vale do Sinos, tornou-se réu e será julgado pelo crime de estupro contra uma paciente de 18 anos. A denúncia do Ministério Público – aceita pela Justiça – aponta que o caso ocorreu em setembro do ano passado, no pronto atendimento municipal.
A jovem havia procurado o local para tratar uma irritação em um olho e foi atendida pelo réu, um clínico geral de 31 anos. Após o exame no olho, o médico apalpou os seios e introduziu os dedos nos genitais da jovem sob o pretexto de realizar um exame ginecológico. O nome do profissional não foi divulgado, porque o processo corre em segredo de Justiça.
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Em depoimento, a paciente relatou ter ficado em estado de choque e só percebido o que de fato aconteceu ao final da consulta. Na denúncia da promotoria, também foi relatado que o médico tentou beijar a jovem.
Após a divulgação do caso, a Polícia Civil recebeu nesta semana uma nova denúncia, de outra mulher, de 31 anos, que também teria sido abusada.
– Ainda estamos investigando, pois esse é um caso que seria diferente. A paciente cessou logo no início o ato abusivo, e ainda buscamos mais informações – diz a titular da delegacia de Ivoti, Michele Mendes Arigony.
À polícia, o médico negou o estupro. Segundo a delegada, o profissional é plantonista e não trabalha de forma fixa na cidade. Ele estaria cobrindo a ausência de outro colega.
A prefeitura de Ivoti se pronunciou por meio de nota. No texto, o Executivo diz que o caso "ocorreu na gestão anterior" e que a atual administração "está verificando quais foram as medidas administrativas já adotadas para então proceder as ações ainda necessárias". Segundo a nota, "o médico suspeito não atua mais no local".