Como foi o primeiro dia da Força Nacional especializada em casos de homicídio em Porto Alegre

Afinados os últimos detalhes, chegou o momento de os agentes da Força Nacional especializados em homicídios começarem a atuar em Porto Alegre. Em reunião entre o delegado Charles Odilon, coordenador do efetivo que está desde terça-feira na Capital, e os titulares e diretores das Delegacias de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta quinta-feira, ficou definido que os 26 policiais civis serão encaminhados hoje às cinco delegacias que atendem às áreas conflagradas: 1ª, 3ª, 5ª e 6ª DHPPs.

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Conforme o diretor de Investigações do Departamento de Homicídios, delegado Gabriel Bicca, os agentes atuarão na elucidação dos inquéritos mais recentes. Cada delegacia receberá equipe de cinco policiais. Além disso, um grupo ficará responsável pela investigação nos locais de crime.

Nos primeiros dias, eles devem se ambientar com o local de trabalho, reconhecer o território e o perfil das pessoas investigadas. O delegado Charles, que ganhará gabinete no Palácio da Polícia, fará visitas periódicas aos locais de trabalho.

– São todos policiais experientes e que têm muito a contribuir. As suas tarefas serão delegadas pelos titulares das DPs – explicou o diretor do Departamento de Homicídios, Paulo Grillo, lembrando que em 2016 houve 669 homicídios consumados em Porto Alegre e 665 tentados.

O diretor-geral do Instituto-Geral de Perícias, Cleber Muller, também se reuniu com os diretores da área de criminalística para planejar a atuação da Força Nacional.

Em princípio, um dos peritos será destinado ao setor de balística e os outros quatro devem integrar as equipes de plantão que prestam atendimento aos locais de morte violenta.

Dos seis papiloscopistas (que trabalham com a identificação por meio de impressões digitais) parte deve integrar os plantões e parte deve dar andamento ao trabalho interno na produção de laudos.

– A integração da Força Nacional pode dar um ganho muito grande ao nosso trabalho porque temos uma grande demanda de laudos. A perícia no local de morte é complexa, precisa de tempo para analisar e relatar os laudos – avaliou o diretor.