Os gabinetes de inteligência da Polícia Civil e da Susepe admitem que traçam atualmente a melhor estratégia para desarticular as facções criminosas. Mas ninguém revela publicamente a linha a seguir. Há, no entanto, unanimidade de que a caçada aos líderes das quadrilhas ainda soltos é prioridade.
O procurado número um da polícia na Capital atualmente é Jackson Peixoto Rodrigues, o Nego Jackson.
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Considerado o pivô do confronto entre os Bala na Cara e os Antibala a partir da Vila Jardim, ele tem oito mandados de prisão contra si. Outro cabeça do crime no alvo das autoridades é Luís Fernando da Silva Júnior, o Júnior Perneta. Um dos criadores dos Bala na Cara, ele está foragido desde abril do ano passado.
– Temos a prioridade de prender indivíduos de alta periculosidade e com representatividade de liderança no crime – adiante o diretor do Deic, delegado Rodrigo Bozzetto.
Em agosto, uma ação da Delegacia de Capturas, do Deic, prendeu José Dalvani Nunes Rodrigues, o Minhoca, no Paraguai. Ele é apontado como a principal figura dos Bala na Cara na Zona Norte da cidade. Agora está na Pasc. É o mesmo lugar para onde foi encaminhado João Carlos da Silva Trindade, o Colete, considerado um dos cabeças entre os Antibala.
Em junho, Colete havia saído da cadeia em liberdade condicional. Dias depois, o serviço de inteligência da Brigada Militar surpreendeu ele e os comparsas. Estavam todos armados ao leva-lo para uma audiência no Fórum Central. Houve perseguição e tiroteio antes das prisões dele e de homens apontados como seus seguranças.