O Rio Grande do Sul registrou 89 latrocínios (roubos seguidos de morte) nos primeiros seis meses de 2016. Somente em Porto Alegre foram 23 latrocínios no período de janeiro a junho.
Desde que os dados começaram a ser divulgados pela Secretaria Estadual de Segurança, em 2002, nunca se matou tanto após assaltos num semestre como agora. Antes disso, em 2014, com 74 vítimas; e 2005, com 69 mortes; foram os anos com a maior quantidade de assassinatos.
Diferentemente do que ocorre agora, em 2009 o primeiro semestre teve 29 latrocínios em todo o Estado. O ano inteiro terminou com 64 mortes após assaltos. Então comandante-geral da Brigada Militar, o coronel João Carlos Trindade fala o que pode ser feito para evitar esse tipo de crime. Destaca duas ações: um maior efetivo e ações para inquietar os criminosos.
"Estrutura. Estrutura com veículos, também. E, por outro lado, uma firme decisão de fazer o enfrentamento e não deixar a criminalidade a vontade. Barreira para todo lado, impedir que as pessoas circulassem com armas, evitar o delito, atuar antes do acontecimento", foram o foco da corporação naquele ano, de acordo com Trindade.
Na ocasião, a Brigada Militar tinha quase 24 mil PMs. Hoje, são 18,5 mil. Havia também mais viaturas. O coronel vê a operação Avante, atual ação da corporação para combater a criminalidade, como uma boa ação. Mas destaca que é necessário mais recursos para poder trazer os resultados esperados.
Compare os números de cada primeiro semestre*:
2016 = 89
2015 = 66
2014 = 74
2013 = 66
2012 = 39
2011 = 39
2010 = 39
2009 = 29
2008 = 38
2007 = 61
2006 = 67
2005 = 69
2004 = 59
2003 = 64
2002 = 56
* Dados da Secretaria Estadual da Segurança Pública