A Polícia Civil de Canoas concluiu o inquérito sobre a morte do casal catarinense encontrado carbonizado dentro de um carro às margens da BR-448, em Canoas, no dia 26 de agosto. Segundo a polícia, as vítimas vieram até o Rio Grande do Sul para negociar a venda um imóvel, no valor de R$ 80 mil.
A negociação foi iniciada no dia 24 de agosto quando uma das vítimas combinou de fechar a venda com o suposto comprador - identificado como Wladimir Luciano de Jesus Israel Zeferino, 33 anos, condenado por roubo e homicídio - em um tabelionato de São Leopoldo, no Vale do Sinos.
Na manhã do dia 26, data combinada para fechar o negócio, o casal não atendeu mais as ligações telefônicas e nem respondeu às mensagens de texto. O suspeito e uma outra mulher, que ainda não foi identificada, realizaram saques com os cartões das vítimas. Por volta das 18h30, o casal catarinense foi queimado vivo dentro de um veículo no acesso à praia de Paquetá, em Canoas.
Segundo o delegado Marco Antônio Guns, o crime foi premeditado, já que o mentor induziu as vítimas a virem até o Rio Grande do Sul para finalizar o negócio mesmo não tendo aceito uma das cláusulas do contrato. Conforme o delegado, o suspeito não tinha condições de arcar com o valor da entrada, que seria de R$ 20 mil. Zeferino queria incluir no negócio um carro velho, sem valor de mercado, abatendo R$ 10 mil da entrada.
O mentor do crime foi preso preventivamente no último final de semana e encaminhado ao Presídio Central.