É caracterizada por ruídos e interrupções na respiração que se repetem, no mínimo, cinco vezes num período de 60 minutos durante o sono. Não se trata de um simples ronco: na apneia, a barulheira noturna é intercalada por engasgos e a pessoa acorda diversas vezes ao longo da noite, muitas vezes sem perceber.
Consequências
As pequenas pausas na entrada de ar diminuem a concentração de oxigênio no sangue. Com o tempo, isso se perpetua ao longo do dia, o que torna a apneia do sono um fator de risco para pressão alta e arritmia cardíaca. A redução de oxigênio ativa o sistema nervoso, que eleva os batimentos cardíacos e estimula a contração dos vasos sanguíneos.
Diagnóstico
O relato de sono agitado e ruidoso é o ponto de partida para a detecção da apneia. A confirmação e a análise da gravidade do distúrbio são feitas por meio de um exame chamado polissonografia, realizado em hospital ou clínica especializada.
Sintomas
- Cansaço ao despertar
- Mau humor
- Indisposição
- Sensação de sufocamento ao dormir
- Dor de cabeça matinal
- Falta de concentração
Causas
- Predisposição genética
- Obesidade
- Maxilar inferior encurtado
- Tabagismo
- Excesso de álcool
- Uso excessivo de reguladores de sono
- Aumento das amígdalas e adenoides
- Tumores
Como prevenir
- Controle o peso
- Mantenha uma alimentação saudável
- Pratique atividades físicas regulamente
- Evite o uso em excesso de reguladores de sono
Tratamento
A forma mais comum de tratamento é o uso de um aparelho chamado Continuous Positive Airway Pressure (CPAP). Trata-se de uma máscara de ar que cobre o nariz e a boca e desobstrui as vias aéreas, permitindo uma respiração contínua durante a noite. Mudanças no estilo de vida também são fundamentais. Em casos mais graves, posse ser necessária uma cirurgia para correções anatômicas da face.
Fontes: Geraldo Rizzo, coordenador do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital Moinhos de Vento, e Fernando Stelzer, neurologista da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
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