Se você é daqueles que não consegue pregar os olhos antes das 12 badaladas, fique atento: pesquisadores da Northwestern's Feinberg School of Medicine, dos Estados Unidos, afirmam que pessoas "noturnas" têm risco de morrer 10% maior do que as "matutinas". Isso porque elas lutam contra o ritmo do seu organismo para atender aos horários usuais de trabalho, por exemplo.
Além do risco de morte aumentado em relação a quem tem hábitos diurnos, os pesquisadores descobriram que pessoas noturnas estão mais propensas a desenvolver problemas psicológicos, neurológicos, gastrointestinais, respiratórios e diabetes.
— O que nós achamos que pode estar acontecendo é que os noturnos estão tentando viver no mundo dos matutinos. Esse descompasso entre o relógio interno e o externo pode trazer problemas de saúde a longo prazo, especialmente se seu cronograma for irregular — disse, à CNN, a autora do estudo, Kristen Knutson.
Publicado no periódico Chronobiology International, o estudo analisou mais de 433 mil adultos com idades entre 38 e 73 anos – cerca de 10 mil morreram ao longo da investigação. Os participantes foram acompanhados por seis anos e meio.
Conforme a pesquisadora líder, não é novidade que os hábitos noturnos pioram os indicadores de saúde e podem culminar em diabetes e doenças do coração, contudo, esse foi o primeiro levantamento que incluiu o risco de morte relacionado a esse comportamento.
Os pesquisadores sugerem novos estudos para encontrar uma forma de modificar os ritmos circadianos dessas pessoas classificadas como noturnas ou ainda para flexibilizar seus horários.