O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira a ampliação do público-alvo para seis doses que integram o Calendário Nacional de Vacinação. São elas: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A (leia abaixo).
As mudanças, segundo a pasta, têm como objetivo aumentar a proteção de crianças, garantindo elevada cobertura vacinal, além de ampliar a imunidade de adolescentes e diminuir a circulação de doenças na população.
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– Não adianta a vacina estar disponível no posto de saúde. É necessário que pelo menos 95% das crianças do município recebam a dose – destacou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues.
Conforme o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, este aumento funciona quase como uma repescagem para quem perdeu por algum motivo os prazos de vacinação.
– Algumas crianças não eram vacinadas porque a "janela" de idade fechava. Então, a proposta pretende manter a vacinação e resgatar aqueles que deveriam ter sido imunizados, mas não foram – disse.
Entre os adultos, a meta é manter a eliminação do sarampo e da rubéola e diminuir o número de casos de caxumba e coqueluche. Por esta razão, aumentou o prazo para a aplicação da tríplice viral. Antes, a segunda dose era disponibilizada até os 19 anos. Este ano, ela pode ser administrada para a população entre 20 e 29 anos.
– Em função da quantidade insuficiente de doses , esta vacina era disponibilizada até os 19 anos, o que foi suficiente para erradicar o sarampo e a rubéola. Já no caso da caxumba, como a eficácia de uma única dose não é tão boa, houve um aumento no número de casos. Então, a ideia de ampliar tem o intuito de aumentar a proteção para adultos e jovens – explicou Kfouri, acrescentando que, na prática, a tríplice é administrada ao 12 meses e é complementada aos 15 meses com a tetra viral.
Calendário
Atualmente, são ofertadas gratuitamente via Sistema Único de Saúde (SUS) 19 vacinas recomendaras pela Organização Mundial da Saúde. Por ano, são disponibilizadas na rede pública cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos que combatem mais de 20 doenças.
De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a previsão de investimentos na área, em 2017, é da ordem de R$ 3,9 bilhões.
– Com este calendário ampliado, além de incluir novas doses, estamos permitindo que elas sejam tomadas em um período maior. O objetivo é que um maior percentual da população esteja imunizada – disse.
Segundo ele, as alterações só foram possíveis em razão de uma economia de R$ 66,5 milhões obtida a partir da negociação de três vacinas: hepatite B, HPV e dTpa. Barros disse ainda que a eficiência de gestão também garantiu a compra de 11,5 milhões de doses extras da vacina contra a febre amarela.
*Zero Hora com Agência Brasil