Se a jornada de trabalho não permite conciliar horários para incluir um exercício físico regular na rotina, é possível abandonar o sedentarismo no trajeto e nos intervalos. Por exemplo: usar as escadas em vez do elevador, estacionar o carro um pouco mais longe, ir caminhando até um restaurante próximo à empresa no intervalo de almoço ou ir de bicicleta para o trabalho.
Rafael Baptista, professor da faculdade de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), explica que os benefícios dessas pequenas iniciativas não se comparam aos da prática de um exercício estruturado e com orientação, mas são válidas porque ajudam a elevar o gasto calórico diário.
- Questionários internacionais de atividade física levam em conta questões referentes a quantos minutos a pessoa caminha por dia, de que maneira ela se desloca - comenta Baptista.
A fotógrafa freelancer Roberta Sant'anna, 22 anos, comprou uma bicicleta em 2010, mas só usava no parque. Após o atropelamento coletivo que mobilizou Porto Alegre no ano passado, ela resolveu aumentar a utilização da magrela como meio de transporte.
- Percebi que não era tão difícil assim andar de bicicleta em Porto Alegre, especialmente para deslocamentos curtos do dia a dia, dentro do próprio bairro ou em bairros vizinhos - relata.
Para além da mobilidade urbana, que figura como tendência nos debates de políticas públicas em grandes cidades, como é o caso das ciclovias na Capital, o hábito incorporado por Roberta traz benefícios também à saúde.
- Sinto que tenho mais disposição e energia. A sensação de descer uma lomba de bicicleta é muito boa! - descreve a fotógrafa.
Rafael Baptista recomenda cautela:
- Porto Alegre ainda não está totalmente preparada para ter mais ciclistas nas ruas. Por outro lado, a adesão de mais pessoas a esse hábito pode ajudar a pressionar o poder público nesse sentido - avalia.
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Atividade física
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