O jogador do Nacional Juan Manuel Izquierdo, que teve uma arritmia cardíaca em jogo contra o São Paulo na última quinta-feira (22), morreu na terça-feira (27), aos 27 anos. O atleta teve o diagnóstico da doença em 2014, aos 17.
No domingo (25), exames apontaram progressão do comprometimento cerebral e aumento da pressão intracraniana no atleta. Antes, os médicos divulgaram que o jogador sofreu uma parada cardíaca na chegada ao hospital e foi necessário o uso do desfibrilador para reanimá-lo.
O que é arritmia cardíaca
A arritmia cardíaca é caracterizada por alterações no ritmo dos batimentos do coração, que podem ser irregulares, muito rápidos ou muito lentos. Essas mudanças ocorrem devido a variações nos impulsos elétricos que controlam o coração, podendo ser benignas ou malignas. Embora a predisposição genética seja a principal causa, fatores como estilo de vida podem aumentar o risco, explica o cardiologista do Hospital Moinhos de Vento (HMV) Leandro Zimerman:
— Arritmia é qualquer ritmo que sai fora do normal. Dentro disso, há condições benignas, sem risco algum, e condições malignas que podem levar até à morte súbita.
Embora raros, há outros registros de atletas que sofreram problemas cardíacos em campo. Em 2021, o dinamarquês Christian Eriksen sofreu uma parada cardíaca durante uma partida da Eurocopa. O jogador sobreviveu e atualmente joga com um cardioversor (desfibrilador implantado), que monitora a atividade cardíaca.
O tratamento para a doença pode ser medicamentoso ou feito por meio de ablação, um procedimento minimamente invasivo que cauteriza as áreas do tecido cardíaco que causam as irregularidades elétricas da fibrilação atrial. Foi essa a técnica utilizada para tratar Renato Gaúcho.