Juan Izquierdo, do Nacional, teve detectada uma pequena arritmia em 2014, quando tinha apenas 17 anos, de acordo com o secretário nacional de esporte do Uruguai, Sebastián Bauzá. A revelação foi feita em participação no programa "Minuto 1", da rádio Carve Deportiva, nesta segunda (26). O zagueiro uruguaio está internado em São Paulo desde o último dia 22, quando sofreu uma arritmia em partida contra o Tricolor paulista.
— Há 10 anos, foram feitos exames com o elenco do Cerro, onde jogava o Izquierdo naquele momento. Ele passou por um eletrocardiograma. Juan tinha 17 anos, tinha pequena arritmia e foi informado — contou Sebastián Bauzá.
De acordo com o secretário nacional de Esporte do Uruguai, esse exame foi feito através do programa de governo "Gol para o Futuro", que trabalha com as categorias de base de todos os clubes do país, desde 2009. Bauzá explicou que ter detectada uma arritmia não significa que a pessoa não possa jogar futebol.
— Há que se controlar, e estamos seguros que os médicos dos diferentes clubes por onde ele passou controlaram isso — completou o secretário.
Relembre o caso
Izquierdo está hospitalizado desde o dia 22, quando precisou ser levado de ambulância diretamente do Morumbi, após sofrer uma arritmia durante a segunda partida das oitavas de final da Libertadores contra o São Paulo. Ele, que havia entrado em campo no intervalo, acabou se desequilibrando e caindo sozinho no gramado aos 38 minutos do segundo tempo.
Os jogadores de ambas as equipes ficaram preocupados e pediram a entrada do atendimento médico, que agiu rapidamente. O atleta de 27 anos foi imobilizado, retirado do estádio ainda consciente e encaminhado para a unidade do Morumbi do Hospital Albert Einstein. Após o incidente, a partida prosseguiu, e o Nacional foi eliminado ao perder por 2 a 0.
No domingo (25), exames apontaram agravamento do comprometimento cerebral e aumento da pressão intracraniana no atleta. Ainda anteriormente, havia sido divulgado pelos médicos que o jogador sofreu uma parada cardíaca ao chegar no hospital e foi necessário o uso do desfibrilador para reanimá-lo.