A população de Porto Alegre já pode procurar atendimento no primeiro hospital de campanha da Capital. O posto médico, que fica junto à UPA Moacyr Scliar, na Zona Norte, começou a operar na noite de terça-feira (14) — entre as 20h de ontem e as 15h desta quarta (15), cerca de 60 pessoas já foram atendidas na estrutura montada pelo Ministério da Saúde.
O hospital recebe pacientes 24 horas e tem capacidade de 200 atendimentos diários.
A triagem é feita dentro da UPA, e as pessoas identificadas com a classificação verde, ou seja, de baixa complexidade, são encaminhadas para o hospital de campanha. Ali, elas são atendidas em consulta com os médicos, que identificam qual a próxima necessidade. Na parte de trás da estrutura, estão as poltronas onde os pacientes recebem medicação ou fazem coleta de sangue.
Até o momento, conforme o Grupo Hospitalar Conceição, que administra a UPA, foram identificadas pessoas com sintomas de doenças respiratórias, alguns casos de leptospirose e náuseas.
A previsão é de que o número de atendimentos aumente no local conforme a água for baixando em bairros como o Sarandi, por exemplo, e nos acessos de municípios da Região Metropolitana, como Cachoeirinha e Gravataí.
Além da unidade montada em Porto Alegre, o Ministério da Saúde já instalou um hospital de campanha em Canoas, no estacionamento da Ulbra.
Outras duas estruturas ainda são avaliadas. De acordo com a pasta, uma delas será erguida em São Leopoldo, no Vale do Sinos, com expectativa de começar a funcionar até o fim da semana. O local do último hospital ainda será estudado.
Com isso, o número de hospitais de campanha no Rio Grande do Sul para auxiliar na demanda hospitalar em meio à enchente deve chegar a 10. Exército, Marinha e Aeronáutica já operam cinco: um em Estrela, um em Eldorado do Sul, um em Guaíba, um em São Leopoldo e um em Canoas. Outros dois ainda devem ser deslocados para o Estado.