Chega a 40 o número de pessoas que morreram em decorrência da dengue no Rio Grande do Sul neste ano. A estatística foi registrada hoje com a confirmação de três óbitos pela Secretaria Estadual da Saúde. As vítimas são três idosos que tinham doenças pré-existentes.
Uma das vítimas era um homem de 68 anos, morador de Cruz Alta. Também faleceram duas mulheres, de 74 e 78 anos, residentes em Frederico Westphalen e Novo Hamburgo. Somando todo o ano passado, foram 54 óbitos. Em 2023, a primeira morte foi divulgada em 16 de março e a segunda em 5 de abril. Um ano antes, quando o Estado registrou recorde de mortes pela dengue, com 66 vítimas, a primeira se confirmou em 21 de maio.
Dos mais de 31,2 mil casos confirmados da doença em cidades gaúchas, neste ano, 26,5 mil envolveram pessoas que não fizeram viagens – ou seja, se infectaram na cidade onde vivem. Em razão da realidade epidemiológica, o executivo decretou situação de emergência sanitária em 12 de março.
Cresceu, também, o número de cidades decretando emergência sanitária em razão da dengue. Nas últimas semanas, recorreram a essa medida prefeituras como as de Canoas, Cachoeirinha, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Caxias do Sul, Três Passos, Tenente Portela, Espumoso, Redentora, Independência, Crissiumal e Uruguaiana.
Nas 11 primeiras semanas de 2024, o Brasil superou 2 milhões de casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, foram confirmadas, até o momento, 758 mortes, com mais de mil ainda em investigação.
Especialistas atribuem esse cenário a falhas no controle da disseminação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A principal medida para esse fim, de acordo com o Ministério da Saúde, é a identificação e eliminação de criadouros do mosquito, que, na maioria das vezes, dentro de casa. O El Niño e as mudanças climáticas também agravaram o cenário, de acordo com a pasta.