A terapeuta Andrea Ribeiro tem atuado de forma pioneira na última década em um centro de reabilitação para pessoas com deficiência, autismo ou ansiedade usando a terapia de répteis. A ação, segundo ela, ajuda pacientes a relaxar, melhorar a comunicação, aprimorar habilidades motoras e outras.
Andrea é fonoaudióloga, especialista em motricidade oral e linguagem. Ela atua em um espaço ao ar livre onde os pacientes interagem com tartarugas, lagartos, cobras e um jacaré nativo da América Latina, chamado Walking, em São Paulo. Não há comprovação científica da atividade, embora a profissional aponte que há resultados visíveis.
Ribeiro trabalha junto da bióloga Beatriz Araujo, cuja função é medir o nível de estresse dos animais e garantir a segurança dos pacientes. Nunca houve um acidente em 10 anos de tratamento segundo o centro. Os répteis, que são criados no local, estão acostumados ao contato humano e não há cobras venenosas.
— Os primeiros 10 minutos que a gente tem contato com o animal, a gente tem liberação de neurotransmissores, que dão a sensação de prazer e bem estar – relata Andrea.
O paciente David de Oliveira Gomes é um dos frequentadores do local. A mãe, Fátima de Oliveira Gomes, diz que não esperava a aceitação imediata.
— No primeiro momento ele já aceitou. Inclusive em um dia, ele quis levar uma cobra para casa — lembra.