O Rio Grande do Sul tem o equivalente a 3,04 médicos para cada mil habitantes, o quinto no país segundo o estudo Demografia Médica, divulgado na terça-feira (8). No total, são 34.803 profissionais em atividade. Porto Alegre, por sua vez, é a terceira capital do Brasil com a maior proporção: tem 15.284 médicos e taxa de 10,24 profissionais por mil habitantes.
O estudo analisou a quantidade e o perfil de profissionais da medicina no Brasil e foi feito em parceria entre a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Os números se referem a junho de 2022.
Antes do Rio Grande do Sul, os estados com taxas mais altas de médicos por mil habitantes são Distrito Federal, com proporção de 5,53, Rio de Janeiro, com 3,77, São Paulo, com 3,5, e Santa Catarina, com 3,05 médicos para cada mil habitantes.
Já entre as capitais, Vitória e Florianópolis são as únicas com mais médicos por habitante que Porto Alegre. Na capital do Espírito Santo são 14,49 médicos para cada mil habitantes e na catarinense são 12,21 médicos para cada mil pessoas.
A Região Metropolitana de Porto Alegre tem 3.099 médicos em atuação, oferecendo 1,07 profissionais para cada mil habitantes. No interior do Estado, a taxa é de 2,31 médicos para cada mil habitantes, com 16.333 profissionais atuando.
Mais especialistas
O Rio Grande do Sul também tem uma das maiores proporções de especialistas por generalistas, que são os médicos graduados, mas que não se especializaram em nenhuma área. Dos 34.803 profissionais no Estado, 24.752 são especialistas, o equivalente a 71,1%. Os outros 10.051, ou 28,9%, são generalistas. Trata-se da segunda maior relação do Brasil, atrás apenas do Distrito Federal.
O estudo aponta ainda um aumento expressivo no número de médicos em atividade no país: eram 310,8 mil em 2010 enquanto em janeiro de 2023 havia 562.229 profissionais, fruto da grande abertura de novos cursos e vagas de graduação em medicina nos últimos anos.
Para 2035, o estudo projeta que haverá mais de um milhão de médicos atuando no Brasil, com taxa de 4,43 profissionais por mil habitantes. No Rio Grande do Sul, segundo a estimativa, serão mais de 60 mil médicos e a proporção de 5,16 profissionais para cada mil habitantes.
Um dado importante da Demografia Médica diz respeito ao gênero. Mulheres representam 49,3% dos médicos em atuação no Brasil, sendo que em 2009 elas eram 40% dessa força de trabalho. O estudo projeta que, daqui 12 anos, elas vão se tornar maioria, representando 56% dos médicos. Não foi feito recorte de gênero por Estados. O relatório ainda aponta grande desigualdade na distribuição dos profissionais pelo Brasil. No Estado do Pará, por exemplo, há 1,18 médicos para cada mil habitantes.
