
Fada Santoro, um dos grandes nomes do cinema nacional, morreu aos cem anos no último domingo (15), em sua casa no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo cineasta Carlo Mossy nas redes sociais. A atriz havia recebido alta hospitalar após tratamento contra a covid-19, doença que enfrentava havia uma semana.
A estreia de Mafalda Santoro (seu nome de batismo) no cinema foi no final da década de 1930, no filme O Samba da Vida (1937). Nos anos 1940, ela consolidou a sua trajetória nas chanchadas, gênero de comédia musical popular, atuando ao lado de nomes como Grande Otelo e Oscarito.
A artista teve vários papéis até se consagrar em 1949 no filme A Escrava Isaura, iniciando a fama cinematográfica ao lado do ator Cyll Farney. Os dois posteriormente estrelaram longas como O Pecado de Nina (1950), Tocaia (1951) e Areias Ardentes (1952).
Na década de 1950, Fada chegou a protagonizar filmes na Argentina, como La Delatora (1955). Ela se afastou da atuação no início dos anos 1960, após o casamento com o polonês Michael Krymchantowski, com quem teve três filhos.
Um de seus últimos trabalhos foi na novela A Rainha Louca, da Globo, de 1967, em que fez uma pequena participação. Desde então, reclusa, Fada evitava dar entrevistas e pouco aparecia em público.