A campanha de aplicação de doses extras para combater a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, apresenta números desanimadores no Rio Grande do Sul. A menos de uma semana do final da campanha de vacinação, o Estado está longe de atingir a meta.
Apenas cerca de 40% das crianças de um a quatro anos receberam as gotinhas em quase um mês de mobilização nacional. Na análise do registro de doses aplicadas por município, apenas 93 cidades cumpriram a meta de 95% de cobertura. Esses 93 municípios correspondem a 18,7% do total de 497 cidades gaúchas.
A avaliação da Secretaria Estadual da Saúde (SES) é de que os números estão ruins. Também decepcionam o engajamento das administrações locais e a adesão das famílias.
— Ainda falta muito. Temos apresentado uma baixa cobertura que vem diminuindo ano após ano. O Ministério da Saúde sempre avalia possibilidade de prorrogação e pra haver prorrogação tem que ter engajamento dos municípios. O Estado está fazendo esse movimento junto com a educação pra levar vacinas até as escolas — lamenta Tani Ranieri, diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).
A campanha teve início em 8 de agosto e se estende até 9 de setembro. Existe a possibilidade de que o Ministério da Saúde prorrogue a vacinação contra a pólio para tentar elevar esses índices, que estão baixos em todo o Brasil, de maneira geral.