O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (1º), em seu perfil no Twitter, que o Brasil receberá o antiviral tecovirimat para combater a varíola dos macacos — também conhecida como monkeypox. Na última sexta-feira (29), a pasta confirmou a primeira morte pela doença no país, em Belo Horizonte (MG).
"O Ministério da Saúde receberá, por intermédio da OPAS (@pahowho), o antiviral tecovirimat para reforçar o enfrentamento ao surto de Monkeypox no Brasil. Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento", escreveu Queiroga, em referência à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
O ministro não informou, contudo, quando o país receberá o antiviral, nem o número de doses. A reportagem enviou as questões ao Ministério da Saúde, e aguarda posicionamento da pasta.
A primeira morte por varíola dos macacos no Brasil foi de um homem de 41 anos, que tinha, de acordo com o Ministério da Saúde, imunidade baixa e comorbidades, incluindo câncer, quadro que foi agravado pela varíola.
No último dia 23 de junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a varíola dos macacos é uma emergência sanitária global, diante da expansão da doença e do risco de contaminação. Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 1.066 casos já foram identificados no Brasil.
Em resposta ao questionamento de GZH a respeito do registro do medicamento para a doença, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que "o medicamento antiviral tecovirimat não possui registro ou pedido de avaliação para sua autorização pela Anvisa". Cita, também que "em se tratando de situações específicas e emergenciais, a regulamentação sanitária prevê, para o enfrentamento da doença, mecanismo de importação que permitem a entrada no país de produtos sem registro no Brasil, mas com a aprovação no país de origem".
Assim, ainda segundo informações da Anvisa, a Agência deverá "avaliar os requisitos necessários para importação bem como as orientações para as ações de monitoramento de eventos adversos a partir de seu uso na população".