Em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (29) para divulgar ações diante do avanço da varíola dos macacos no Brasil, o Ministério da Saúde negou que a doença será alvo de vacinação para toda a população. A afirmação tem base no que é preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a OMS não preconiza a imunização em massa por conta da baixa letalidade do vírus. Dessa forma, a vacina, quando chegar será aplicada, em profissionais da área da saúde. A pasta está em negociação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) 50 mil doses.
— Não estamos falando de uma campanha como falávamos para a covid-19 porque são vírus absolutamente distintos, é uma clínica totalmente distinta, um contágio diferente. São doenças com prognósticos distintos. A OMS preconiza a vacinação dos profissionais de saúde, principalmente os envolvidos com o manejo das amostras biológicos, coletadas das lesões, e os contactantes — disse Medeiros.
Caso esse cenário mude, o Ministério da Saúde poderá fazer acordos de produção de imunizantes com o Butantan e Bio Manguinhos/Fiocruz, segundo o secretário de Vigilância em Saúde.
Desde quinta-feira (28), segundo a pasta da Saúde, o Brasil enfrenta um surto da doença, tendo confirmados até esta sexta-feira 1.066 casos em 15 Estados, sendo três crianças infectadas em São Paulo. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirma cinco, o mais recente registrado em Caxias do Sul e divulgado ontem.
O país registrou nesta sexta a primeira morte causada pela doença. Segundo a pasta, a vítima é um homem de 41 anos que ficou internado em um hospital público de Belo Horizonte. Ele imunidade baixa e comorbidades, incluindo câncer (linfoma), que levaram ao agravamento do quadro,