Umidade, frio, calor, chuva e tempo seco: com tanta mudança em poucos dias, a saúde também pede cuidado. Depois registrar temperaturas muito baixas no RS, os termômetros começam a subir. A previsão indica que os próximos dias serão de tempo estável e que deve fazer calor durante esta semana.
As máximas aumentam ao longo dos próximos dias, e podem chegar perto de 30ºC no Estado, menos de uma semana depois de algumas cidades registrarem temperaturas negativas. Até mesmo na Serra, onde costuma ser mais frio, as máximas podem superar os 20ºC já nesta terça-feira (23). Também na terça, regiões do Norte e Noroeste devem alcançar 28ºC.
E mesmo com a previsão de calor para os próximos dias, é válido dizer que o inverno ainda não acabou. Uma nova onda de frio promete derrubar os termômetros entre o final de agosto e início de setembro. Antes da primavera, que começa em 22 de setembro, mais uma vez dias gelados serão registrados no Estado, com a última onda temperaturas mais baixas deste ano.
Cuidados com a saúde
Esse sobe e desce nas temperaturas cria condições para acentuar quadros como rinite alérgica, asma e bronquite. Quando as mudanças são rápidas, falta tempo para que as vias aéreas se adaptem à nova realidade térmica, o que gera uma resposta imune inflamatória. Crianças de até um ano de idade e idosos também estão mais propensos a desenvolver problemas respiratórios ocasionados por mudanças climáticas.
Uma recomendação é usar roupas adequadas para cada temperatura, e por isso, é importante ficar de olho no termômetro para acertar na escolha. Beber bastante água e se manter hidratado é essencial para prevenir uma mucosa seca e sensível. Uma alimentação saudável, com legumes, verduras e proteínas, aumenta a função protetora do organismo.
Além disso, é aconselhável lavar as mãos com frequência, sair de ambientes fechados e não entrar em contato com outras pessoas doentes. No caso de crianças, os pais precisam ficar atentos aos sintomas como tosse e secreção. Em caso de sinais mais sérios, como o desconforto respiratório, é indicado procurar o pediatra de confiança.
Fumantes ou ex-fumantes com doenças associadas ao tabagismo também ficam mais suscetíveis a infecções ou agravamento de doenças. Por isso, é necessário manter os tratamentos recomendados pelo médico, lembrando que eles devem ser revistados pelo especialista de forma frequente. Ao surgir qualquer sintoma incomum, a recomendação é que se busque orientação do médico de referência.
Quando o frio voltar
E como o inverno ainda não acabou e o frio ainda deve aparecer pelo Estado, também é preciso tomar medidas para evitar problemas de saúde que se manifestam quando há queda de temperatura. Além de cuidar da alimentação e manter a hidratação, em dias de frio é necessário manter o corpo aquecido, utilizando agasalhos e cobertores. As crianças e os idosos são os grupos que mais podem sofrer as consequências relacionadas à previsão do tempo.
Em dias frios, é preciso manter a temperatura corporal em 36°C, e para isso, o organismo precisa fazer adaptações. Você pode dar uma mão, aquecendo o corpo. Mantenha-se bem agasalhado, mesmo dentro de casa, e proteja bem as extremidades: pés, mãos, pescoço e cabeça.
Na hora de ir à rua ou mesmo de passar de um cômodo climatizado com ar-condicionado, por exemplo, para outro, também reforce as roupas. Como as mudanças bruscas de temperatura afetam o mecanismo de defesa do organismo, é bom evitar sair do banho quente para um quarto úmido e frio. Ao sair para a rua, use um casaco que possa tirar no decorrer do dia. Quando for dormir, aposte em um ambiente aconchegante. Aparelhos de ar-condicionado e estufas podem ajudar a esquentar o quarto, bem como lençóis-térmicos. Estes últimos só devem ser usados para aquecer a cama, sendo contraindicado dormir com eles ligados. Já o ar deve ficar em 24°C.
Quando esfria, as crianças também acabam ficando expostas às mudanças, por exemplo, quando estão em um ambiente propício para a multiplicação de vírus. Outra dica importante é que se evite levar crianças que estejam apresentando leves sinais de gripe ou problemas respiratórios às emergências de hospitais, já que isso pode tornar mais grave sua situação, uma vez que nestes locais podem estar crianças com infecções respiratórias graves, que podem transmitir vírus para as que estão com sintomas mais leves. O mais indicado, nesses casos, é levá-las a um pediatra ou em postos de saúde.
Como medidas que ajudam a evitar que as crianças fiquem doentes, não as deixe em ambientes fechados e não entre em contato com pessoas que apresentem sinais de gripe (como tosse ou coriza). Já crianças em idade escolar que apresentarem febre ou outros sintomas não devem ir à escola.