A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota técnica que orienta hospitais, clínicas e demais serviços de saúde sobre casos suspeitos e confirmados de varíola dos macacos. O documento reúne medidas preventivas e de controle de infecção nesses ambientes e ressalta a importância de os serviços de saúde elaborarem planos de contingência baseados nas orientações da Sala de Situação criada pelo Ministério da Saúde. Atualmente, o Brasil possui um caso confirmado da doença - trata-se de um homem de 41 anos, da cidade de São Paulo.
Entre os principais pontos da nota, está a necessidade de distância mínima de um metro entre os leitos dos pacientes com suspeita da doença. A recomendação leva em consideração o risco de transmissão por gotículas a partir da pessoa infectada.
Outra recomendação é a suspensão de visitas e acompanhantes para diminuir o acesso de pessoas ao infectados. Para situações especificas e previstas em lei, como crianças, idosos, pessoas com necessidade especiais, entre outros, deve-se evitar a troca de acompanhantes de forma a se minimizar o risco de transmissão.
Portos e aeroportos
Com relação à entrada de viajantes no Brasil, a Anvisa afirma que se encontram vigentes as resoluções RDC nº 584/2021 e RDC nº 456/2020, que estabelecem medidas de controle sanitário em portos e aeroportos, respectivamente, em decorrência do coronavírus. Considerando que a transmissão do vírus SARS-CoV-2 ocorre, principalmente, por meio de gotículas do trato respiratório, as medidas relativas a uso de máscaras, etiqueta respiratória, distanciamento físico e higienização de superfícies atualmente já previstas nos regulamentos atuam de forma também para reduzir o risco de disseminação da varíola dos macacos.
Vacinas e medicamentos
Até o momento, a Anvisa não recebeu solicitação de autorização para vacina ou medicamentos contra a varíola ou varíola dos macacos. Também não há, ainda, produto comercial regularizado para fins de diagnóstico do vírus da varíola dos macacos.
Atualmente o diagnostico laboratorial do vírus pode ser feito por meio de ensaios moleculares que utilizam protocolos validados em duas etapas. Isto é possível graças a divulgação do sequenciamento genético do vírus, o que permite que laboratórios desenvolvam metodologias próprias de identificação. Estes testes por metodologias internas são conhecidos com teste in house.