O Ministério da Saúde estabeleceu, nesta segunda-feira (23), uma Sala de Situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos no Brasil. Segundo o órgão, a medida tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.
Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país, conforme informou o Ministério. A pasta encaminhou aos estados o Comunicado de Risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença.
A vigilância de doenças com potencial para emergência em saúde pública é monitorada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional), que atua de forma permanente, detectando informações 24 horas por dia.
O surgimento de casos de varíola do macaco em países fora do continente africano tem deixado os órgãos de saúde em alerta desde a última semana. O que chama a atenção não é propriamente a gravidade da doença, mas a sua disseminação em países da Europa, América e Oceania, visto que a doença é endêmica em partes da África Ocidental e Central.
A varíola do macaco, ou ortopoxvirosis simia, é uma doença rara cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa. Quando o vírus se propaga para o ser humano, é principalmente a partir de diversos animais selvagens, roedores ou primatas. A transmissão de um ser humano para outro é pequena, explicou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados em pacientes antigos de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e dorsais durante os primeiros cinco dias. Depois, aparecem erupções - no rosto, palmas das mãos e solas dos pés -, lesões, pústulas e finalmente crostas.