Chegou o tão esperado dia para a vacinação de crianças contra a covid-19 no Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira (19), de forma simultânea, todas as cidades gaúchas iniciam a aplicação das chamadas doses pediátricas da Pfizer – a exceção fica para Esteio, que começou na terça-feira. Neste primeiro momento, o público-alvo é formado por crianças com comorbidades, deficiência permanente ou imunossuprimidos com idade entre cinco e 11 anos. Cada cidade, no entanto, estabeleceu regras próprias para a campanha local.
Em Porto Alegre, podem receber a primeira dose crianças de 10 e 11 anos com comorbidades e com deficiência permanente. Também serão vacinados indígenas e quilombolas de cinco a 11 anos. As doses são aplicadas em sete unidades de saúde e, mesmo com ansiedade de muitos pais e filhos, a procura não foi intensa nesta manhã.
Por volta das 10h, no posto da Chácara da Fumaça, no bairro Mário Quintana, apenas 19 crianças haviam sido vacinadas. A unidade abriu às 8h. Na Unidade de Saúde Nova Brasília, no Sarandi, em três horas, apenas 10 crianças receberam a vacina. Lucinara de Oliveira, 47 anos, costureira, chegou às 10h30min ao local e se surpreendeu com a rapidez: em três minutos, a filha, Caroline de Oliveira Rosa, 11 anos, já tinha recebido a dose.
Embora sem longas filas, a procura era maior na unidade Santa Marta, no Centro Histórico, e também no Centro de Saúde IAPI, no bairro Passo d'Areia.
A jornalista Patrícia Araújo Cardon, 46 anos, chegou com o filho Bernardo Araújo Cardon, 10, às 7h, ao posto do IAPI para "garantir um lugar melhor na fila". Qual não foi sua surpresa quando percebeu que ainda não havia ninguém aguardando naquele horário. Quando a vacinação começou, às 8h, havia menos de 15 crianças na espera.
– Hoje é um dia de muita alegria e muita emoção. Estamos esperando há muito tempo – relata Patrícia.
Na sala de vacinação, as profissionais de saúde usavam anteninhas coloridas. Depois de vacinado, Bernardo recebeu uma medalha de primeiro lugar – concedida a todos os "campeões" que se vacinavam – além de uma salva de palmas da equipe. Disse que estava feliz e que doeu só na hora.
– Espero agora poder voltar a fazer coisas que eu ainda não podia fazer, como sair para comer e ir ao cinema, que a gente só foi uma vez e a minha mãe achou perigoso.
O primeiro vacinado na Unidade de Saúde Moab Caldas, o postão da Cruzeiro, no bairro Santa Tereza, foi Gustavo Beauvalet Gorgen Alves, 10 anos. O menino tem asma e estava acompanhado da mãe, a dona de casa Ana Paula Beauvalet Gorgen, 41 anos.
– Ele fez muitas perguntas. Queria saber das reações, se iria doer. Falou que achava que ia chorar e todo mundo ia rir – contou Ana Paula enquanto aguardava pela primeira dose do filho.
Apesar do relato da mãe sobre a possível tensão, Gustavo estava bem falante. Enquanto a vacinadora passava informações a Ana Paula, mostrando o frasco da vacina, o menino quis saber:
– A agulha é muito “afiante”?
O garoto apertou os olhos na hora da picada e soltou um “ai, ai, ai”, mas sem lágrimas.
– Doeu um pouco, mas deu pra segurar – falou na sequência.
A mãe então foi orientada a seguir para uma área com cadeiras, onde as famílias aguardam 20 minutos após a dose para observar eventuais reações. Gustavo se assustou:
– Esperar o quê? Vou ter que tomar outra vacina?
Avisado de que terá uma segunda dose em 16 de março, expressou um desejo para o futuro:
–Podiam inventar uma vacina que não dói.
Com o pai e a mãe
Acompanhado do pai e da mãe, Francisco Bitencourt da Cruz, 10 anos, recebeu a vacina na Unidade de Saúde Nova Brasília. O menino tinha um temor bem específico: o tamanho da agulha. Achou que seria maior, confessa, mas a constatação não o deixou totalmente calmo.
– Relaxa o braço! – instruiu o pai, o hidráulico Jáder Tiago da Cruz, 37 anos, que se preparava para capturar a cena com o celular.
A família aguardou os 20 minutos recomendados na área externa ao lado do posto. Jáder relembrou o difícil momento da internação do pai em uma UTI, em dezembro de 2020, por complicações da covid-19.
– A família só fala na vacinação. Estávamos muito na expectativa – diz, ao lado da esposa, Marina Teixeira Bitencourt, 31 anos.
Francisco, que ganhou um pirulito, ainda pensava sobre o que dizer ao irmão, Josué, oito anos:
– Acho que vou dizer que dói só um pouco.
Ansiedade e alívio
Sentado num banco de madeira na área externa da Unidade de Saúde Santo Alfredo, no bairro São José, perto de um ventilador, Rafael da Rosa Antunes, 11 anos, que tem asma, estava aliviado porque a injeção doeu menos do que o esperado. A mãe, Catia Antunes, 41 anos, técnica de enfermagem, comemorava a dose tão aguardada.
– Estava ansiosa e ficando preocupada com a demora – afirmou Catia, que acompanhou o noticiário sobre a protelação do início da campanha infantil e se agoniou até com as trocas dos voos que trariam a primeira remessa a Porto Alegre. – Era num voo, depois no outro. Pensei que talvez não chegasse.
A sensação agora é de alívio: Rafael já tem a primeira dose para o início do ano letivo, previsto para 7 de fevereiro em sua escola.
Indígenas e quilombolas
As crianças indígenas e quilombolas de cinco a 11 anos também já podem se vacinar na Capital. Na Unidade de Saúde Santa Marta, Centro Histórico de Porto Alegre, a charrua Maria Eduarda de Moura Melo, seis anos, foi levada pela mãe, Ângela Moura Charrua, para receber sua dose.
— Conversamos com a cacica e ela disse que era importante vacinarmos nossas crianças, porque não basta nós estarmos vacinados. Nós podemos estar com três, quatro, cinco doses. Se as crianças não estiverem imunes, nós vamos estar sempre em risco com a comunidade. A gente sempre falava para os adultos procurarem não sair (da aldeia), porque eles estavam imunes, mas as crianças não — relata Ângela.
A menina acabou sendo imunizada durante eventos promovido pela prefeitura junto ao governo do Estado, às 10h. Em coletiva de imprensa, o governador Eduardo Leite relatou que o RS já possui 118 mil doses pediátricas, que são suficientes para imunizar todas as crianças com comorbidades, as de população indígena e as quilombolas, além de iniciar a vacinação de pessoas com 11 anos. Leite ressaltou, ainda, que a vacina é segura e é fruto de muito estudo científico.
— Lamentamos as polêmicas que se criaram de forma totalmente artificial para sustentar narrativas políticas de um lado e de outro. O importante é que chegou a hora e convidamos todos a trazer seus filhos para se vacinarem, para que imunizem e protejam a eles, mas também a seus familiares, porque mesmo se ainda assim tiverem coronavírus, haverá menos possibilidades de casos graves e menos possibilidade de contaminação pelas pessoas que estiverem à sua volta — destacou o governador.
Para que a criança receba a primeira dose da vacina, em Porto Alegre, os pais ou responsáveis devem estar presentes e fazer a comprovação da condição de saúde, além de apresentar documento de identidade do responsável e da criança. A vacinação poderá ser autorizada por um termo de consentimento por escrito, para que terceiros acompanhem a aplicação.
Crianças que tiveram covid-19, bem como adolescentes e adultos, devem esperar quatro semanas (contadas a partir do primeiro dia de sintomas ou da coleta de amostra para o teste positivo) para receber a vacina contra a covid-19. Não há necessidade de cumprir intervalos em relação a outros imunizantes recebidos recentemente.
Onde vacinar as crianças em Porto Alegre
A imunização ocorre em sete unidades de saúde, das 8h às 17h:
- Chácara da Fumaça
- Clínica da Família IAPI
- Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes
- Moab Caldas
- Nova Brasília
- Santa Marta
- Santo Alfredo
Vacinação pelo Estado
Embora muito aguardada pelas famílias, o início da vacinação das crianças também não foi de longas filas pelo interior do Estado, Serra, Litoral Norte e Região Metropolitana. A espera maior se dava no pós-aplicação, conforme foi constato pela reportagem de GZH. Por determinação do Ministério da Saúde e também da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é preciso que a crianças e os pais ou responsáveis aguardem por 20 minutos nas unidades para monitorar possíveis reações.
Caxias do Sul
Em Caxias do Sul, a vacinação de crianças começou às 8h até as 15h em nove unidades básicas de saúde. Podem receber a primeira dose quem tem entre cinco e 11 anos com comorbidades, como asma e cardiopatia, por exemplo. Os pequenos devem comparecer acompanhados dos pais ou responsáveis, levando carteirinha de vacinação e atestado ou receita médica emitidos há menos de um ano.
Davi Monteiro Barcelos, de oito anos, foi a primeira criança vacinada no município da Serra. Acompanhado da mãe, o pequeno, que tem autismo, recebeu a primeira dose às 7h53min, na UBS São Leopoldo.
— Eu tô feliz, vou poder ver a profe e ir pra escola. Vem, amiguinhos, vem vacinar! — afirmou Davi, em uma fala com a ajuda da mãe, Jussara Monteiro, 47 anos.
Sul do Estado
- Pelotas
No sul do Estado, o cenário foi de bastante tranquilidade. Em Pelotas, o serviço foi centralizado em um único ponto de vacinação. O local escolhido pela prefeitura foi a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Navegantes, por ser uma das maiores do município. Por lá, houve atendimento a cada 30 minutos para as crianças que já tinham um agendamento prévio, feito pelo sistema da prefeitura. Nesta primeira leva, a cidade recebeu 1.553 doses pediátricas.
- Rio Grande
Na vizinha Rio Grande, a vacinação nesta manhã foi na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do Balneário Cassino. O espaço funcionou entre 8h30min e 11h30min e, pelo menos até 10h30min, dez crianças haviam recebido a dose. A primeira delas foi Thuany Xavier, 11. Acompanhada do pai, Cristiano, e da avó, Antonia, ela foi recebida com muita animação pelas funcionárias da UBS.
Ao mesmo tempo, o sentimento de euforia se misturou com o do alívio de ver a filha mais segura.
– Agora teremos mais tranquilidade. É complicado, tenho que estar sempre cuidando, mantendo um contato limitado com ela. Agora, fica mais protegida. Mas mesmo vacinada, seguiremos com os mesmos cuidados – disse Cristiano.
Após receber a dose, a menina ganhou também uma espécie de comprovante de vacina especial, todo colorido e com o nome assinado. Um tipo de presente confeccionado pelas equipes de saúde de Rio Grande para que as crianças possam guardar na memória.
Já Theo Ferreira, 11, saiu emocionado da UBS.
– É um sonho realizado. Eu estou até emocionado. Tenho muito medo da covid, então estou muito feliz – ressaltou o menino, com brilho nos olhos.
Região Metropolitana
Um dia após Esteio, as demais cidades da Região Metropolitana iniciaram a imunização de crianças nesta quarta-feira. Nos postos visitados por GZH, o primeiro dia tem sido marcado por poucas filas.
- Gravataí
Em Gravataí, a vacina é aplicada em crianças de cinco a 11 anos com comorbidades ou com deficiência permanente, mediante a apresentação de laudo médico para a comprovação da condição de saúde. Na Unidade Básica de Saúde Centro apenas seis vacinas haviam sido aplicadas entre as 7h30min e as 9h.
O movimento baixo facilitou a vida de quem procurou o posto de saúde, como foi o caso de Gabriela Ribeiro Damaceno, 31, e Natália dos Santos, 23, que levaram o filho João Henrique Damaceno, sete anos, para receber o imunizante pouco depois das 9h. Os três vestiam camisetas do Instituto do Câncer Infantil e com o tradicional Leão que representa a instituição.
Com a coragem de quem está tratando um câncer, o pequeno João esboçou pouca reação ao receber a primeira dose da vacina contra a covid. Não chorou.
– Não doeu. Agora estou feliz porque vou poder voltar a brincar no parque - contou.
- Canoas
Em Canoas, na UBS Boa Saúde, uma faixa colorida foi colocada do lado de fora, com desenhos de estrelas e balões. A mensagem avisa os pais e responsáveis sobre o serviço oferecido: “Aqui temos vacina da COVID-19 para crianças”.
Também do lado de fora, profissionais do posto de saúde fazem a triagem, verificando se as crianças que chegavam fazem parte do grupo autorizado a receber o imunizante neste primeiro dia. As doses são aplicadas em uma sala no fundo do posto, preparada especificamente para a imunização dos pequenos – assim, eles acessam por fora e não entram em contato com pessoas com sintomas gripais. Após a imunização, os responsáveis e os vacinados aguardam de 15 a 20 minutos do lado de fora para ver se não haverá reação.
Conforme funcionários, a procura foi grande no início da manhã, e chegou a haver fila na UBS. Após as 10h, no entanto, já havia menos pessoas chegando ao local.
Miguel Soares dos Santos , 11, assistia vídeos no celular enquanto acariciava um cachorrinho em frente à UBS. O algodão e o esparadrapo no braço indicavam que já havia recebido sua primeira dose:
– Doeu mais ou menos. Mas eu queria vir tomar porque daqui alguns dias vou poder tirar a máscara – espera o menino, ansioso pelo fim da pandemia.
A mãe, a auxiliar administrativa Juliana Gonçalves Soares, 44, está mais tranquila após a vacinação do filho.
– É uma dor pro bem. Ele tem asma e era o único da família que ainda não estava vacinado. Agora ficamos mais seguros.
- Viamão
Em Viamão, há uma particularidade em relação a outras cidades da Região Metropolitana: além das crianças de cinco a 11 anos com comorbidades, quem tem 11 anos e não tem doenças pré-existentes também pode se vacinar. A imunização ocorre das 9h às 16h, nas escolas Alberto Pasqualine, Apolinário Alves dos Santos, Castelo Branco, Farroupilha, Frei Pacífico, Sargento Raymundo Soares e na Apae.
Na Alberto Pasqualine, havia uma longa fila no fim da manhã desta quarta. A maior parte das pessoas aguardava no pátio, enquanto grupos menores acessavam o interior do prédio. Perto do meio-dia, pais que chegavam em busca da vacina reclamavam do intervalo na imunização, que não havia sido avisado.
Luís Alberto Carrizo, 38, e Solange de Souza, 43, chegaram por volta de 9h30 com a filha Pietra Luísa Carrizo, seis. A pequena só conseguiu ser vacinada após ao meio-dia.
– Quisemos vir no primeiro dia. Como todo mundo já está vacinado e daqui a pouco começam as aulas, é melhor prevenir. A gente precisou se cuidar bastante porque ela tem asma – explica o pai.
– Nem estou nervosa – disse Pietra, pouco antes de ingressar na sala de vacinas.
Tramandaí
Sentada em uma cadeira em um posto de saúde em Tramandaí, a estudante Ana Laura Noschang da Costa, 11 anos, esticou o braço para pedir a mão do pai, como apoio enquanto se preparava para receber a injeção. Ela foi a primeira criança a receber a vacina no município do Litoral Norte.
Estudante do 6º ano e moradora da praia, a menina tem asma, o que fez a família reforçar os cuidados durante a pandemia. O pai, Salvador Cherutti, 38, que trabalha com transporte, passou a trocar de roupa ainda na garagem, logo depois de entrar em casa. A família também adotou as aulas online para a pequena e reduziu o número de saídas e passeios.
— Essa vacina era muito esperada por nós. Como ela tem asma, nós nos preocupávamos ainda mais. É um peso que sai da gente, estamos mais tranquilos — celebra Cherutti.
Depois da primeira dose, a menina aguardou por alguns minutos no posto de saúde, para que a equipe pudesse observar eventuais reações.
— A sensação é de que já estou mais protegida. Fique um pouco nervosa, mas doeu pouco e só na hora. Tô feliz — diz a menina.
A vacinadora Patrícia Moreira, 40, também comemorou o início da vacinação em crianças:
— Eu vacino desde bebezinho, recém-nascido, até idosos. É muito bom, estou feliz que começamos essa fase. A gente espera que venham mais doses logo, para cobrir todo mundo o quanto antes.
A vacinação começou em Tramandaí às 8h30min, no posto de saúde São Francisco I, para crianças a partir de 11 anos com comorbidade. A imunização ocorre em quatro locais definidos pela prefeitura, mas com rodízio. A cada dia, uma unidade faz aplicação, isso porque a cidade recebeu apenas 270 doses. A expectativa é vacinar, no total, cerca de 10 mil crianças de cinco a 11 anos que vivem Tramandaí.
Santa Maria
A vacinação de crianças em Santa Maria começou às 8h e seguiu até às 16h. Nesta quarta-feira, seriam 330 crianças de cinco a 11 anos, com alguma comorbidade. Ao total, 3,8 mil crianças foram pré-cadastradas pelos pais no site da prefeitura. Foi feita uma triagem pela Secretaria de Saúde e, então, distribuídas as fichas para vacinação em oito unidades de saúde do município.
Alguns municípios da Região Central ainda não começaram a aplicar as doses. São os casos de Restinga Sêca, por exemplo, que começará na quinta-feira (20), e Tupanciretã, que fará a ação no sábado (22). Outra medida que está sendo tomada é a vacinação a partir das 17h, para que os pais consigam levar os filhos após o horário de trabalho.
A vacina é segura, afirmam médicos e pesquisadores
Se você pai, mãe ou responsável por uma criança ainda tem dúvidas sobre a vacinação contra a covid, pediatras e imunologistas dos melhores hospitais e universidades do Brasil tranquilizam: é seguro e fundamental vacinar os pequenos. Por isso, leve seu filho ao posto de saúde a partir desta quarta-feira (19) para protegê-lo e contribuir para o fim da pandemia.
Atenção para a aplicação
Os profissionais de saúde passaram por capacitação específica para esta fase da vacinação contra a covid-19, que acaba de completar um ano no Brasil. Mães, pais e demais familiares serão informados sobre possíveis reações adversas, como febre e dor no braço ou no corpo.
O vacinador apresentará o frasco do imunizante antes de retirar a dose com a seringa. A versão pediátrica da Pfizer apresenta tampa de cor laranja, enquanto a formulação que é destinada para adolescentes a partir de 12 anos e adultos é roxa — se por acaso o profissional não mostrar a embalagem, peça para vê-la. A agulha tem o mesmo tamanho da usada para adolescentes e adultos, acopladas a seringas de 1ml.