Pacientes que testam positivo para a covid-19 devem aguardar quatro semanas para tomar a vacina contra a doença. A contagem deve ser feita a partir do primeiro dia de sintomas ou da coleta de amostra para realização do exame, no caso dos assintomáticos.
Patrícia da Silva Fernandes, médica infectologista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, explica que a recomendação é não receber o imunizante com doença ativa, a fim de não se atribuir à vacina as manifestações da doença em si e também para evitar confusões com outros possíveis diagnósticos diferenciais.
As orientações são baseadas nas bulas dos laboratórios fabricantes e também do Ministério da Saúde.
“Como a piora clínica pode ocorrer até duas semanas após a infecção, idealmente a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas”, diz o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.
Casos leves, que não demandam internação, tendem a melhorar logo. Pacientes que precisam ser hospitalizados podem ter esse período de quatro semanas de espera prolongado, conforme orientação médica.
Quando é diagnosticada a covid longa – sintomas persistentes por semanas ou meses –, também é necessária a análise especializada de cada situação.
– Esses pacientes, às vezes, não conseguem se vacinar em quatro semanas. Tem paciente que fica internado por quatro semanas. Varia conforme o caso, e o médico vai avaliar – diz Patrícia.
Em quadros de enfermidades respiratórias agudas, febris ou não, como podem ser os de influenza (gripe), atualmente muito frequentes, é preciso esperar resolver todos os sintomas antes de tomar a vacina (geralmente 10 a 14 dias a contar do início das manifestações), mas sem necessidade de cumprir o prazo de quatro semanas.