O erro na aplicação de vacinas contra a covid-19 em crianças de Lucena (PB) não deve desencorajar pais, mães e responsáveis nesta etapa essencial da campanha nacional de imunização. Trata-se de episódio pontual, que está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) da Paraíba. O governo estadual paraibano, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também acompanham o caso.
Informar-se sobre os detalhes do processo que terá início nesta quarta-feira (19) no Rio Grande do Sul pode dar mais segurança a quem levará os pequenos às unidades de saúde. O primeiro passo é saber onde as doses pediátricas da Pfizer, destinadas à faixa etária de cinco a 11 anos, serão disponibilizadas em cada cidade.
A orientação é para que os locais de vacinação das crianças sejam exclusivos para elas, o que já minimiza o risco de equívocos. No caso de municípios com um único ponto de imunização, as prefeituras devem estabelecer horários diferentes para cada público.
Os profissionais de saúde passaram por capacitação específica para esta fase da vacinação contra a covid-19, que acaba de completar um ano no Brasil. Mães, pais e demais familiares serão informados sobre possíveis reações adversas, como febre e dor no braço ou no corpo.
O vacinador apresentará o frasco do imunizante antes de retirar a dose com a seringa. A versão pediátrica da Pfizer apresenta tampa de cor laranja, enquanto a formulação que é destinada para adolescentes a partir de 12 anos e adultos é roxa — se por acaso o profissional não mostrar a embalagem, peça para vê-la. A agulha tem o mesmo tamanho da usada para adolescentes e adultos, acopladas a seringas de 1ml.
Ana Costa, secretária-adjunta de Saúde do Estado, relata que, nos últimos dias, a pasta orientou detalhadamente as secretarias municipais.
— Diante dessas particularidades, pedimos e motivamos os municípios para que olhassem de forma diferente para suas unidades de saúde, projetando isso — afirma Ana. — Além da técnica, a parte de lidar com crianças também é diferente. Os pais têm que se sentir tranquilos. Em geral, eles já vacinaram seus filhos outras vezes — acrescenta.
A secretária-adjunta também pede que se reserve tempo adequado para esse compromisso. Sem contar eventuais filas de espera, será preciso aguardar 20 minutos após a injeção, período em que a criança ficará em observação na unidade de saúde. O ideal é que, na impossibilidade de o pai ou a mãe estarem presentes, a pessoa a quem será designada a tarefa seja um acompanhante habitual da criança, para que tudo transcorra da forma mais tranquila e natural possível.
— Não dá para ir com pressa e querer sair correndo — alerta Ana.
A representante da SES pede que as famílias procurem tornar este momento especial:
— Isso pode mudar a situação de baixa cobertura para outras vacinas (que tem sido verificada nos últimos anos). Quem sabe este seja um legado positivo da covid.
Crianças que tiveram covid-19, bem como adolescentes e adultos, devem esperar quatro semanas (contadas a partir do primeiro dia de sintomas ou da coleta de amostra para o teste positivo) para receber a vacina contra a covid-19. Não há necessidade de cumprir intervalos em relação a outros imunizantes recebidos recentemente.