Pelo menos 39 países já autorizaram ou iniciaram o uso de vacinas contra a covid-19 para crianças de até 11 anos. A maior parte deles utilizará o imunizante da Pfizer/BioNTech. As informações são da BBC Brasil.
Outras vacinas para o público infantil também vêm sendo aplicadas em algumas nações: as chinesas Sinopharm e CoronaVac (produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan) e a cubana Soberana 02.
Especialistas alertam para a urgência da necessidade da vacinação dessa faixa etária frente à persistência da variante Delta e ao acelerado avanço da Ômicron. A retomada do ensino presencial também é fonte de preocupação. A ampliação do público apto a receber doses contra a covid-19 é crucial para combater a crise sanitária global.
— Os pais precisam entender a urgência da vacinação porque a pandemia ainda não acabou — disse à BBC James Versalovic, patologista-chefe do Hospital da Criança do Texas, nos Estados Unidos.
De acordo com cientistas, agências reguladoras de medicamentos e a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina pediátrica é segura e eficaz.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o pedido para uso da Pfizer em crianças de cinco a 11 anos, mas o Ministério da Saúde protela o início da campanha — as doses ainda não estão disponíveis no país, e a pasta decidiu promover uma consulta pública até 2 de janeiro. A decisão final do governo federal deve ser anunciada apenas em 5 de janeiro, após uma audiência pública no dia 4. Diante de forte pressão popular, divulgou-se que o início da vacinação de crianças já está previsto para o próximo mês.
A Anvisa também avalia, pela segunda vez, o pedido do Butantan para uso da CoronaVac em crianças acima de três anos. No dia 22, a agência solicitou mais dados sobre a utilização da vacina nesse público e aguarda novo posicionamento do instituto.