Estados Unidos e Reino Unido vêm batendo recordes de novos casos de covid-19. Segundo especialistas, as variantes Delta e principalmente a Ômicron são as responsáveis pela nova onda de infecções.
Nos Estados Unidos, a quarta-feira (29) somou recorde de infecções desde o início da pandemia com 431.567 novos casos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Já o The New York Times, que tem um central de dados própria, o número de novos contágios no país chegou a 488 mil casos ontem.
Em poucas semanas, a Ômicron também superou a variante Delta e já representa 96,3% dos novos casos em três Estados do noroeste do país (Oregon, Washington e Idaho), de acordo com o CDC. Com recordes de novos casos, aumentam também as internações. Os EUA têm registrado uma média de mais de 71 mil por dia. As mortes também estão em alta, com média diária de 1.243 - em 26 de janeiro, o país notificou 3.342 óbitos, o número mais alto até agora.
– Uma onda gigantesca de casos de Ômicron, provavelmente, inundará grande parte do país no próximo mês – disse Neil Sehgal, professor da Universidade de Maryland.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o "tsunami" de infecções pela Ômicron nos últimos sete dias aumenta a pressão sobre os sistemas de saúde, que estão "à beira do colapso". A variante Ômicron é mais rápida do que outras, inclusive do que a Delta, para infectar pessoas vacinadas.
No Reino Unido, onde foram diagnosticados 183 mil novas contaminações na quarta-feira, 90% das internações são de quem não tomou a dose de reforço. O primeiro-ministro, Boris Johnson, fez um novo apelo para que a população tome a dose adicional antes do Ano-Novo.
– A variante Ômicron continua provocando problemas reais. Vemos que os casos aumentam nos hospitais – disse Johnson.
Campanha
Em razão do aumento de casos e internações, o Reino Unido lançou uma nova campanha para incentivar vacinação. Pelo menos 57% da população maior de 12 anos já tomou a dose extra.
Nos Estados Unidos, o governo do presidente Joe Biden também tenta acelerar a dose adicional. Até o momento, 32,7% da população recebeu o reforço.
– O risco global relacionado à variante Ômicron continua muito alto – alertou a OMS em seu relatório semanal. O documento destaca que o número de casos dobra a cada dois a três dias.