O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou nesta quarta-feira (8) que a variante Ômicron do coronavírus parece ter uma taxa maior de reinfecção, mas causa sintomas menos graves em comparação a outras variantes, como a Delta, por exemplo.
— Os dados preliminares da África do Sul sugerem um risco aumentado de reinfecção por Ômicron, mas são necessários mais dados para tirar conclusões mais fortes. Também há evidências que sugerem que a Ômicron causa sintomas menos graves do que a variante Delta — disse o diretor-geral em um encontro com a imprensa em Genebra.
A fim de obter rapidamente um quadro mais preciso das características da variante, ele pediu para que todos os países a contribuam para a avaliação, transmitindo seus dados à OMS e, ao mesmo tempo, solicitou que continuem seus esforços no campo da vacinação e respeito pelos gestos de barreira.
A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, também se referiu a estudos preliminares publicados nos últimos dias que parecem mostrar que a nova variante torna a vacina da Pfizer menos eficaz, mas pediu o máximo de cautela na interpretação dos dados.
— Há uma grande variação na redução da eficácia dos anticorpos que vai de quatro a cinco vezes menos a 40 vezes menos nesses diferentes estudos" [...] É prematuro concluir que a redução da atividade de neutralização de anticorpos deve resultar em uma diminuição significativa na eficácia das vacinas —acrescentou.
Nesta quarta-feira (8), a Pfizer divulgou um comunicado informando que estudos preliminares demonstraram que três doses da sua vacina contra a covid-19 são eficazes contra a variante Ômicron. Duas doses da vacina, conforme os laboratórios fabricantes, apresentaram redução significativa na proteção, mas vacinados com a dose de reforço desenvolveram, um mês depois, 25 vezes mais anticorpos contra a Ômicron.