A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou nesta quinta-feira (25) a vacina da Pfizer contra a covid-19 para crianças com idades entre cinco e 11 anos, uma decisão que ajudará a acelerar a luta contra o vírus no momento em que a pandemia entra em uma quarta onda na Europa.
A vacina de RNA mensageiro já havia sido autorizada em adolescentes a partir de 12 anos nos 27 países da União Europeia (UE). Para as crianças de cinco a 11 anos, a dose será um terço das aplicada nas pessoas acima de 12 anos, também será em duas injeções com três semanas de intervalo, explicou a agência europeia.
O imunizante demonstrou eficácia de 90,7% em um teste com 2 mil crianças nesta faixa etária. Os efeitos colaterais foram classificados como "leves a moderados". Podem durar alguns dias e se apresentam como dor localizada na área da inoculação, fadiga, dor de cabeça e/ou musculares ou resfriado.
Desta maneira, a EMA "concluiu que os benefícios da Comirnaty em crianças de cinco a 11 anos superam os riscos, particularmente entre aqueles com comorbidades que podem aumentar o risco de contrair uma forma grave de covid-19", de acordo com o comunicado.
Mesmo sem a autorização da EMA – dada somente nesta quinta-feira –, a cidade de Viena já havia iniciado, no último dia 14, a vacinação de crianças de cinco a 11 anos, também com o imunizante da Pfizer. A capital da Áustria, assim como o restante do país, enfrenta um aumento de casos de coronavírus, especialmente, entre os não vacinados.
Fora da Europa, o imunizante da Pfizer já foi aprovado para crianças de cinco a 11 anos em países como Estados Unidos, Israel e Canadá. No Brasil, a farmacêutica norte-americana aguarda posição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para seu pedido de uso emergencial para a faixa etária. A expectativa é que o órgão dê parecer até meados de dezembro.