Pelo menos dois municípios gaúchos registram falta de estoque para a aplicação da segunda dose da vacina da Oxford/AstraZeneca contra a covid-19. Capão da Canoa e Imbé, no Litoral Norte, suspenderam a vacinação com a dose de reforço até que novas remessas com o imunizante cheguem ao Estado. As segundas doses de Pfizer/BioNTech e CoronaVac seguem sendo oferecidas.
Até quinta-feira (9), a prefeitura de Capão da Canoa contava com algumas doses de AstraZeneca. As equipes de saúde entraram em contato com moradores que estavam com a segunda dose mais atrasada e, com isso, o estoque zerou. O município informou que não tem previsão de receber mais vacinas da fabricante.
Imbé aplicou os últimos imunizantes de seu estoque de AstraZeneca ainda na quinta-feira. A prefeitura tem a expectativa de receber uma nova leva das vacinas na semana que vem.
Ainda não há um levantamento oficial de quantos municípios gaúchos estão nessa situação. A reportagem de GZH averiguou a situação entre as cidades com mais de 100 mil habitantes e, nelas, não há falta de vacinas – Porto Alegre, por exemplo, oferece o imunizante em 30 unidades de saúde e em farmácias parceiras.
Contudo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), poderá haver alguns municípios com indisponibilidade de estoque para completar o esquema vacinal da sua população neste momento. O motivo é que o Estado recebeu do Ministério da Saúde 39% das segundas doses da AstraZeneca referentes a uma remessa cujo intervalo da data de distribuição completará 12 semanas — o prazo máximo recomendado para a dose de reforço — em 23 de setembro. A pasta informou que aguarda novas remessas “para completar os 61% de doses necessárias para complementar o quantitativo de D2 desse período”.
O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems) está fazendo o levantamento dos municípios que estão sem vacinas da fabricante destinadas à segunda dose para tentar adequar as demandas. A entidade informou que está trabalhando junto à SES “para solucionar a possível falta de vacinas ou falta de diluentes aos municípios do Rio Grande do Sul” e que também está em contato com o Ministério da Saúde, no aguardo de novas remessas.