O Rio Grande do Sul está contraindicando vacinas de vetor viral — como é o caso dos imunizantes da Oxford/AstraZeneca e da Janssen — para a vacinação de gestantes e puérperas contra a covid-19, segundo informa a Secretaria Estadual da Saúde (SES). A recomendação vem após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propor, na última sexta-feira (2), que fosse suspensa a aplicação de imunizantes que utilizam a tecnologia de vetor viral em mulheres grávidas.
Em maio, a agência já havia emitido parecer pela suspensão da vacinação com Oxford/AstraZeneca para esse grupo prioritário. Com a nova recomendação, no âmbito da campanha da imunização contra a covid-19 no país, a suspensão passa a se estender ao imunizante da Janssen, de forma que as grávidas brasileiras devem receber somente doses de Pfizer ou CoronaVac. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre ainda não informou como a recomendação vai se refletir na campanha da Capital.
O Estado aguarda novas orientações do Plano Nacional de Imunização sobre como completar o esquema vacinal de gestantes e puérperas que receberam a primeira dose com Oxford/AstraZeneca. Na última terça-feira (29), a prefeitura do Rio de Janeiro determinou que mulheres deste grupo prioritário que tomaram a primeira dose de AstraZeneca poderão receber a dose de reforço de uma marca diferente, a da Pfizer. Consultada pela reportagem sobre a alternativa adotada pelo Rio, a SES afirmou que o Rio Grande do Sul continuará a seguir a recomendação do Ministério da Saúde de que gestantes e puérperas vacinadas com AstraZeneca não devem receber a segunda dose com nenhuma vacina por enquanto.