A partir desta terça-feira (29), a prefeitura do Rio de Janeiro começa a aplicação da segunda dose da vacina contra a covid-19 da Pfizer em gestantes e puérperas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca, fazendo assim, uma inédita combinação de vacinas aplicadas no país.
A medida foi aprovada pelo Comitê Cientifico de Enfrentamento à Covid-19 do Rio de Janeiro na última segunda-feira (28). A iniciativa busca completar o esquema vacinal deste grupo antes que o Ministério da Saúde recomendasse o uso exclusivo da CoronaVac e da vacina da Pfizer em gestantes e puérperas.
A informação foi divulgada pelo secretário de Saúde, Daniel Soranz. Segundo ele, a vacinação pode ocorrer, desde que haja avaliação dos riscos e benefícios, feitos pelo médico que atende a gestante. Soranz usou como exemplo países como Alemanha, Canadá, Dinamarca, França, Finlândia, Portugal, Suécia, Inglaterra e Itália, que recomendam ou autorizam o uso da Pfizer como segunda dose para quem se imunizou, na primeira dose, com a AstraZeneca.
Segundo informa o jornal O Globo, a decisão contempla também pessoas que tiveram efeitos adversos graves após receberem a vacina da AstraZeneca. Se for o caso, a pessoa deve apresentar um laudo médico comprovando a contraindicação para a fórmula produzida pela Fiocruz.
As gestantes seguem o mesmo protocolo de antes: devem assinar um termo de esclarecimento e apresentar uma indicação médica com uma avaliação da relação risco-benefício para a vacinação.
Segundo dados da Secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro, cerca de 6 mil mulheres do grupo que tomaram a primeira dose da AstraZeneca ainda não sabem se poderão tomar a injeção de reforço desta vacina.